O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, declarou que considera inoportuno o momento de discussão da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proíbe a atuação de policiais civis e militares nas ações do Ministério Público Estadual. Segundo Glomb, o momento em que a PEC está sendo discutida é inapropriado tendo em vista todas as denúncias de corrupção envolvendo a Assembleia Legislativa do Paraná noticiadas pela imprensa nas últimas semanas.
"A iniciativa soa como uma retaliação ao Ministério Público Estadual, que recentemente realizou uma operação de busca e apreensão aos documentos da Assembleia", disse.
De acordo com o presidente da Seccional, a proposta de mudança à legislação deveria partir de um anseio da sociedade e não dos deputados estaduais. "Não vejo que a sociedade está pleiteando pela inibição dos trabalhos do MP. O que se quer no momento é um esclarecimento de todos os fatos que envolvem os dirigentes do Poder Legislativo", afirma Glomb.
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A PEC foi protocolada na Assembleia Legislativa na última terça-feira (11). Caso seja aprovada, a proposta pode inviabilizar as atividades do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público que conta com a colaboração de policiais cedidos pelo governo do Estado.