Excluído da galeria de momentos marcantes do Senado pelo presidente José Sarney (PMDB-AP), para quem o fato "foi um acidente, que não devia ter acontecido", o painel sobre o impeachment do ex-presidente da República e atual senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou ao Túnel do Tempo - onde é contada a história da Casa. Pelo local passam cerca de 5 mil pessoas. O impeachment foi "recolocado" nos painéis afixados no túnel na noite da sexta-feira, por volta das 21 horas, com o Senado completamente vazio.
Sarney reinaugurou a galeria do Túnel do Tempo segunda-feira passada. Ele explicou a retirada do impeachment dizendo que o episódio "não é marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que foram os que construíram a história e não os que de certo modo não deviam ter acontecido", disse.
O presidente do Senado se eximiu da responsabilidade pela omissão do impeachment, dizendo que não pode censurar "os historiadores encarregados de fazer a história", referindo-se a assessores que em nenhuma hipótese "desapareceriam" com o fato sem consultá-lo. Supõe-se que a iniciativa se deve à tentativa de não constranger o hoje aliado político, que na campanha para suceder Sarney no governo o chamava de "bandido" e "ladrão".
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O documento sobre o impeachment é bem discreto. Tem apenas seis linhas. Diz o painel que "em 1992, o presidente da República, Fernando Collor de Mello, é submetido a um processo de impeachment conduzido pelo Congresso. Afastado, assume a Presidência o vice-presidente Itamar Franco".