m meio às iniciativas de integrantes da base aliada e da oposição de tentarem criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nas próximas semanas no Congresso, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), admitiu nesta quarta-feira que uma CPI pode acabar sendo esvaziada em razão do calendário eleitoral.
"O calendário é hostil. A presença constante aqui, pelo óbvio, por ser ano eleitoral, é difícil. Alguém vai ter de sacrificar a campanha", considerou Chinaglia, logo após participar de ato de entrega do pedido de CPI mista para investigar irregularidades que envolvem a Petrobrás e fatos referentes às gestões do PSDB, de Aécio Neves, e do PSB, de Eduardo Campos.
A partir do próximo mês de junho, com o início das convenções partidárias, a tendência é que a presença dos parlamentares no Congresso caia consideravelmente, uma vez que a maioria deverá se concentrar nas campanhas eleitorais nos Estados. Além disso, será um período de jogos da Copa do Mundo de Futebol, que termina em julho.
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Em tese, se a CPI mista começar a funcionar logo após o feriado da Semana Santa, os parlamentares teriam sete semanas até início das convenções, quando deve ocorrer uma debandada do Congresso.
Para Chinaglia, apesar das possíveis dificuldades na condução das atividades da comissão, a tendência é que ela acabe tendo uma participação predominante dos líderes e de senadores que não vão disputar a reeleição ou outros cargos eletivos. Questionado se estaria na lista dos líderes para marcar presença na CPI, o petista respondeu: "Calma, isso ainda tem que ser colocado para os demais líderes que indicam os nomes". O líder do governo considerou também que a criação de mais de uma CPI pode esvaziar "aquela que chamar menos atenção".