A detenção do ex-governador paulista Paulo Maluf na França chamou a atenção da CPI do Banestado, que vai investigar o caso. Na quinta-feira, Maluf foi interrogado pela polícia fazendária francesa quando tentava fazer uma operação em dinheiro em um banco em Paris.
O presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), disse que é preciso saber se o assunto tem ligação com a evasão de divisas investigada.
Assessores da Comissão apuram se existe acordo de cooperação entre o Brasil e a França na esfera policial e judicial, para que a CPI possa ter acesso aos motivos da detenção de Paulo Maluf, assim como informações sobre a conta que ele movimenta. Se for o caso, a CPI irá solicitar a quebra do sigilo bancário da conta, para saber a origem do dinheiro nela depositado.
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O Ministério Público de São Paulo informou ao presidente da Comissão que as contas movimentadas pelo ex-governador na Europa seriam abastecidas com recursos saídos do Brasil por meio de contas CC-5 em Foz do Iguaçu (PR).
O senador requereu à CPMI que requisite da Justiça e do Ministério Público paulistas todas as informações sobre os processos que apuram o envolvimento de Maluf como beneficiário do esquema de evasão de divisas por meio de contas CC-5. "A prisão de Maluf foi mera coincidência. Mas nos alertou para a necessidade de pedirmos informações ao governo francês, para ver as providências que a CPI pode adotar".
O presidente da Comissão adiantou que Paulo Maluf pode ser convocado para prestar esclarecimentos. As informações são da Agência Câmara.