A Procuradoria-Geral da República (PGR) está analisando o pedido feito pela Petrobras nesta semana para apurar os vazamentos de informações das atas e gravações de reuniões da estatal enviadas aos deputados da CPI da Petrobras. A solicitação irritou o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que enxerga a situação como uma forma de "intimidar" a investigação no Parlamento sobre o esquema de corrupção na companhia.
"Vejo que a Petrobras, com isso, contribui para que o clima seja piorado. Isso gera desentendimento. É uma tentativa de acuar os parlamentares. Não vamos nos intimidar", disse Motta. O peemedebista destacou que uma investigação da PGR não vai constranger a CPI. "Se quiser investigar, pode investigar", emendou.
Informalmente, funcionários da Petrobras também reclamaram com o presidente da comissão sobre possíveis prejuízos provocados pelos vazamentos aos interesses da empresa. Após o episódio, Motta determinou a instalação de câmeras de segurança e proibiu a entrada de equipamentos eletrônicos na sala-cofre onde são mantidos documentos e arquivos digitais sigilosos da investigação parlamentar.
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Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras não se manifestou sobre o pedido feito à PGR.