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Sem comemorações

Planalto ainda vê com cautela vitórias nas votações dos vetos

Agência Estado
18 nov 2015 às 19:58

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Apesar das vitórias no Congresso após a manutenção dos principais vetos presidenciais, o clima no Palácio do Planalto não é de comemoração. A avaliação é de que ainda é preciso cautela na relação do governo com os parlamentares e que não se pode descuidar da articulação.

Na terça-feira, 17, os parlamentares mantiveram os vetos ao reajuste do Judiciário e à proposta que permitia que os professores descontassem do imposto de renda gastos com a compra de livros. Nesta quarta-feira, 18, o governo conseguiu manter o veto ao atrelamento da política do salário mínimo a todos os benefícios pagos pelo INSS.

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A "batalha" dos vetos foi longa e evidenciou a dificuldade da articulação do governo. Nem mesmo a reforma ministerial conseguiu evitar que a sessão do Congresso fosse derrubada duas vezes até os vetos serem finalmente apreciados nesta semana.

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A votação do veto ao reajuste dos servidores do Judiciário foi vista pela equipe de articulação do Planalto como um sinal de que o governo não tem uma situação confortável no Congresso. Votaram pela derrubada do veto 251 deputados, apenas seis a menos do que o mínimo necessário, que era de 257. Apenas 132 parlamentares votaram com o governo.

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Entre as traições, o Planalto registrou o fato de metade do PMDB ter votado contra o governo. Também chamaram a atenção os votos dos nove deputados do PT que não chancelaram a decisão da presidente Dilma Rousseff.


A votação desta quarta-feira, que manteve o veto ao atrelamento da política do salário mínimo a todos os benefícios pagos pelo INSS, também não foi considerada uma vitória expressiva. A favor do governo, foram 160 votos. Contra, 211.

A preocupação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também continua no radar do governo. O enfraquecimento de Cunha por conta do andamento do processo de cassação contra o peemedebista no Conselho de Ética não fez o governo desligar o sinal de alerta. O Planalto sabe que Cunha tem o "poder da pauta" e que ainda há riscos para a tramitação de matérias de interesse do governo. Além disso, caso o peemedebista realmente venha a ser afastado há o receio de que ele "caia atirando".


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