A bancada do PMDB na Câmara Municipal apresentou na segunda-feira, 23, representação ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, pedindo investigação sobre o suposto uso da máquina pública municipal para incitar a população contra o presidente em exercício, Michel Temer. A prática teria acontecido durante eventos da Virada Cultural, quando mensagens de "Fora Temer" e "Vai ter Luta" foram veiculadas em painéis eletrônicos montados e pagos pela Prefeitura.
Segundo os vereadores Nelo Rodolfo, Ricardo Nunes e George Hato, a gestão Fernando Haddad (PT) permitiu que essas mensagens, de "luzes intermitentes e variação de cores", fossem transmitidas ao público que acompanhava os shows em palcos montados nas Avenidas Rio Branco, São João e nas Praça da República e Júlio Prestes. Entre os artistas que se apresentaram nesses locais estão Criolo e Nação Zumbi.
Na análise dos parlamentares, "o argumento de que a responsabilidade por esses protestos cabe aos artistas não se sustenta, tendo em vista que estavam ali sob o patrocínio do dinheiro público, que não tem cor partidária, credo religioso ou convicções ideológicas". Segundo Nelo Rodolfo, os fatos revelam um "ato irresponsável da Prefeitura", que deve ser investigado. "A Virada Cultural é um evento tradicional da cidade, não pode ser misturada com política partidária", afirmou.
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Neste ano, o investimento municipal foi de R$ 15 milhões. Em nota, a Secretaria de Comunicação informa que quaisquer manifestações ocorridas durante a Virada Cultural foram de iniciativa e responsabilidade dos artistas e do público.
Macri
A reportagem observou que as mensagens polêmicas ocorreram em pausas durante as apresentações dos músicos, como no caso de Criolo. O grupo argentino Violentango ainda veiculou mensagens de "Fora Macri" e "Latinoamericana Unida".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.