O prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que apura a existência de um caixa 2 na campanha eleitoral do PFL em 2000. O prefeito, que foi reeleito naquele ano, é acusado de deixar de declarar até R$ 17 milhões à Justiça Eleitoral na prestação de contas de sua campanha. Tecnicamente, Cassio foi indiciado ''indiretamente'' por não ter comparecido para depor.
A defesa do prefeito, porém, contesta o indiciamento. O advogado Luiz Alberto Machado conseguiu nesta terça-feira pela manhã, junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), habeas corpus suspendendo o indiciamento do prefeito no inquérito do caixa 2. A liminar foi assinada pelo juiz Jaime Stivelberg. Para Machado, o inquérito tem interesse político. ''É um carnaval político'', declarou.
Já o advogado Daniel Godoy, um dos responsáveis pela ação contra Cassio, considerou o indiciamento ''o primeiro resultado da investigação'' em torno do suposto caixa paralelo. ''O prefeito foi indiciado por não ter feito uma prestação de contas verdadeira'', disse, referindo-se ao caso presidido pelo delegado Hugo Corrêa Martins.
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A Folha procurou o prefeito no início da noite desta terça-feira, mas ele não foi encontrado para comentar o assunto.
O promotor eleitoral Valclir Natalino da Silva está de férias, e só retorna ao trabalho no próximo dia 1º. Em entrevista à Folha, na tarde desta terça-feira o promotor disse que assim que voltar vai analisar que medidas cabem contra o prefeito. ''Vamos avaliar os desdobramentos no campo eleitoral, se cabe cassação ou não'', afirmou.
O outro advogado de defesa do prefeito, José Cid Campêlo, foi procurado nesta terça-feira pela reportagem, mas estava em viagem. Em entrevista anterior, Campêlo disse que pretendia sustentar a versão de que Cassio não teria responsabilidade sobre quaisquer irregularidades.
*Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina
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