Com a posse dos novos prefeitos em todo o país está redesenhado, na prática, o novo cenário político.
O PT foi o partido que conquistou mais capitais: nove ao todo. Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Recife (PE) são cidades governadas pelos petistas com mais de 1 milhão de eleitores.
O PSDB conquistou cinco capitais, entre elas São Paulo, a maior do país com 7,7 milhões de eleitores. Outra cidade conquistada em novembro pelos tucanos foi Curitiba, que possui mais de 1 milhão de votantes. As outras três são Teresina, Cuiabá e Florianópolis.
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Mesmo com a redução do número de prefeituras conquistadas nas eleições municipais de 2004 – 1.059 – se comparado às eleições de 2000, quando elegeu 1.257 prefeitos, o PMDB mantém-se como o partido de maior capilaridade do país em pequenos e médios municípios. Nas 60 cidades que têm entre 200 mil e 1 milhão de eleitores, o partido fez oito prefeituras
A força dos peemedebistas, no entanto, mostra-se nos municípios de até 50 mil votantes. Nestas cidades, o PMDB governa, a partir de agora, 1.005 prefeituras.
Já nos municípios que têm entre 50 mil e 1 milhão de eleitores, o partido que mais conquistou prefeituras foi o PSDB. Dos 334 municípios com este perfil, os tucanos passam a governar 60.
No ranking de prefeituras cujos administradores tomam posse neste sábado, o PFL está em terceiro lugar com 789. Este número, entretanto, mostra um encolhimento do partido em relação aos 1.028 prefeitos que tinha em 2000.
Dos três municípios governados pelos pefelistas – Salvador, Rio de Janeiro e Curitiba – apenas a capital fluminense manteve-se com o partido. César Maia tomou posse neste sábado para mais um mandato de quatro anos.
Na busca do espaço político perdido, o Diretório Nacional do PFL já lançou o nome de César Maia como pré-candidato à Presidência da República em 2006.
Para o cientista político David Fleischer, os prefeitos que assumiram no primeiro dia deste ano, principalmente nos grandes centros, serão protagonistas da disputa eleitoral de 2006.
Segundo Fleischer, estes nomes terão influência na escolha dos candidatos aos governos estaduais e também na composição de alianças da disputa presidencial. "Em cada estado, o prefeito da capital é, em potencial, um candidato a governador", afirmou o professo da Universidade de Brasília (UnB).
Fleischer lembrou que a base deste novo desenho do cenário político municipal deverá ser utilizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rearticular suas alianças no Congresso Nacional. "Será com essa nova base política que o Lula vai tentar rearticular a sua aliança para governar", disse o cientista político.