O prefeito de Araucária, Albanor Gomes (PSDB) vai encaminhar hoje ao Ministério Público Estadual, um levantamento parcial da auditoria que está sendo feita nas contas do ex-prefeito Rízio Wachovicz (PFL). Os dados preliminares mostram um desvio de mais de R$ 2 milhões dos cofres municipais e várias irregularidades administrativas na gestão do ex-prefeito. Entre elas, a reforma na Escola Municipal Professora Azuréia Belnoski e serviços de iluminação pública, feitos sem processo licitatório.
De acordo com o procurador-geral de Araucária, Genésio Felipe Natividade, o levantamento é da própria equipe de procuradores da prefeitura e pode apontar desvios ainda maiores no município, localizado na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo ele, o Tribunal de Contas do Estado (TC) também está examinando documentos da administração anterior e verificando irregularidades em obras inacabadas.
O relatório parcial divulgado hoje aponta fraudes em licitações, obras superfaturadas e inacabadas e falsificação de documentos. Segundo a procuradoria do município, Certidões Negativas de Débito da Previdência Social foram fraudadas para vencer concorrência pública. "Os crimes de improbidade e de fraude em licitações estão previstos nas Leis 8.429/92 e 8.666/93 e determinam pena de prisão de até seis anos", diz Natividade. Além disso, a lei prevê a perda de direitos políticos de três a 10 anos.
Leia mais:
Assembleia Legislativa recebe oito mil sugestões de paranaenses para orçamento
Câmara de Londrina vota nesta terça-feira Projeto de Lei que atualiza parcelamento do solo
Cotada para a Saúde, superintendente do HU entra na equipe de transição em Londrina
Belinati defende licitação para compra de uniformes e diz que a 'bola está com o TCE'
O dossiê com irregularidades na administração do ex-prefeito Rízio Wachovicz já acumula 18 volumes e 30 ações judiciais estão em andamento na Justiça paranaense.