A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, comparou a perda da médica à morte do sindicalista, ativista ambiental e líder dos seringueiros Chico Mendes, em 1988.
"Quando nós perdemos o Chico Mendes no Acre, num determinado momento havia uma sensação de desamparo, 'quem vai fazer o que ele fazia?' Nesse momento, com a perda da Dra. Zilda, nós sentimos essa mesma sensação", afirmou a senadora, que esteve nesta manhã no velório da médica, no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
"A resposta que demos lá no Acre é que todos nós tínhamos que começar a fazer o que ele fazia, não com a estatura, grandeza, destreza que ele tinha, mas da nossa forma pequena de fazer, do nosso tamanho. Se todos fizerem a sua parte quem sabe a gente alcance o tamanho dela", acrescentou.
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Para Marina, Zilda Arns deixa uma lição. "Ela deixa a lição de alguém que foi capaz de viver o Evangelho", afirmou. "Ela foi fazendo aquilo em que acreditava, defendendo os pobres, buscando a solidariedade, dentro de uma igreja. Que forma melhor se tem de dar a vida pelos amigos, como mandou Jesus?", opinou.
Marina é a terceira presidenciável a comparecer ao velório de Zilda Arns. Ontem, passaram pelo Palácio das Araucárias o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), que acompanhou o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também estiveram nesta manhã no velório de Zilda Arns o ex-governador do Paraná Jaime Lerner e o ex-prefeito de Curitiba e deputado federal, Cassio Taniguchi (DEM-PR).