O presidente nacional e fundador do PRTB, Levy Fidelix, negou hoje (2) que tenha negociado a venda de seu partido com integrantes do esquema liderado pelo empresário de jogos ilícitos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso em Brasília. Fidelix negou conhecer Cachoeira e o sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e classificou o episódio de "factoide".
"Temos um grande factoide no país. Jamais ocorreu [contato com Dadá]. Dadá que conheço só o dos Trapalhões e cachoeira só Itaipu Binacional", disse ao confundir o nome de Dadá com os personagens Dedé Dedé Santana) e Didi (Renato Aragão), do programa humorístico Trapalhões, veiculado entre as décadas de 1970 e 1990 na TV Globo. "Nunca houve contato, não há contato, não o conheço. Não posso pagar por algo que desconheço", destacou Fidelix.
Segundo reportagens veiculadas ontem (1º) na imprensa, escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal revelaram a tentativa de Carlinhos Cachoeira de comprar o PRTB em Goiás. Nas ligações gravadas em maio de 2011, o bicheiro e Dadá falam de diversas legendas menores e citam o nome do presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix.
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Perguntado se o seu partido estaria à venda, Fidelix disse que a sigla é como se fosse um filho. "Sou fundador do PRTB. Ele é um filho meu. Não vendo meu filho. Você [jornalista] venderia um filho seu? É meu filho, meu sangue, minha carne, minha vida", argumentou Fidelix.
Para ele, o vazamento de informações sigilosas de operações da PF visam a atingir sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo. Fidelix disse que pretende conversar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para cobrar explicações. "Já requeri uma audiência com o ministro para que eu possa ter uma conversa política, porque isso não é caso policial, mas político e saber dele por que a Policia Federal vazou uma citação".