Integrantes da bancada do PMDB da Câmara ficaram "revoltados" com o programa que o partido irá levar ao ar na noite desta quinta-feira, 24, em cadeia nacional de rádio e TV. O motivo do descontentamento foi a exclusão de maioria dos deputados. No programa são realizados depoimentos de 50 integrantes da legenda, que vão desde o vice-presidente da República, Michel Temer, a deputados federais.
"Colocaram até esse Moreira Franco que não é mais p... nenhuma. Aparece na propaganda para envergonhar o partido. Não informaram nada. Isso foi feito de forma ditatorial. Tem mais de 30 deputados descontentes", disparou o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA).
Segundo o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), ele foi procurado nesta quinta-feira logo após a divulgação do programa nas redes socais por "dezenas" de integrantes da bancada, questionando o critério feito para a definição de quem iria participar.
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Previsto para ir ao ar nesta noite, o programa partidário do PMDB foi montado com base na polêmica frase do vice-presidente da República, Michel Temer, de que "é preciso alguém para reunificar o País". Intitulado "É hora de reunificar os sonhos", o programa afirma que a "sociedade está angustiada à espera de soluções, cansada de sempre pagar a conta". "É hora de deixar estrelismos de lado, é hora de virar esse jogo, é hora de reunificar os sonhos", diz a apresentadora na abertura da propaganda. Desde a declaração, feita pelo vice em agosto, Temer passou a ser visto com desconfiança pelo Palácio do Planalto. Logo depois, ele deixou a função de articulador político do governo.
"Esse programa foi brifado naquele momento, com aquela frase. Mas tem que ser dito que não é um programa de oposição ou de governo, é da atual situação do País", afirmou à reportagem o marqueteiro do PMDB, Elsinho Mouco.
O programa, de 10 minutos, tem a participação de 50 integrantes do partido. Na peça, um mosaico inicialmente formado por dezenas de peemedebistas se transforma, ao final, no rosto de Temer, o primeiro a falar. "A ideia do jogo de imagens é mostrar que o vice-presidente, Michel Temer, está prestigiado internamente, está protegido e que ele busca a união", afirmou Mouco.