A promotora da PIC (Promotoria de Investigações Criminais), Cláudia Martins, entregou no final da tarde ao juiz Jocelito Giovani Sé, da Central de Inquéritos, denúncia no atentado contra a PIC - ocorrido no dia 29 de dezembro do ano passado - e pediu novas diligências.
Foram denunciados o segundo-tenente da Polícia Militar, Alberto Santos Silva; o policial Edson Clementino da Silva ("Lambe-Lambe"); o taxista Alexsandro Ribeiro; o advogado Antônio Pellizzetti; o segurança Marco Aurélio Pinho; o sargento Ademir Leite Cavalcante; o discotecário Emerson Vieira e o policial civil Mauro Canuto.
O juiz tem agora 81 dias para fazer os interrogatórios e recolher dados. A promotora preferiu não comentar muito o assunto, mas adiantou que foram pedidas mais diligências e que as investigações continuarão sendo sigilosas. "Devemos ter novidades nos próximos dias", disse. A promotora espera pela quebra de sigilo bancário para que as investigações avancem.
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Segundo ela, os promotores da PIC tiveram acesso a mais "indícios" em relação a Mauro Canuto. Ela destacou que a promotoria tem provas em relação a todos os envolvidos. Segundo Cláudia Martins, os oito foram denunciados por "vários crimes".
A promotora não adiantou aos jornalistas em quais artigos do Código Penal os denunciados foram encaixados ou quais seriam as penas previstas. Entretanto, o advogado que defende Pellizzetti, Antonio Henrique Rabello de Mello - que aguardava a promotora no prédio onde fica a Central de Inquéritos -, disse que os oito foram denunciados por roubo qualificado (artigo 157), incêndio (250), cárcere privado (148) e 337 (subtração ou inutilização de livro ou documento).
Mello disse que ficou "surpreso" com o fato de seu cliente ter sido denunciado, bem como Mauro Canuto. De acordo com ele, não haveria fundamentos no caso de Pellizzetti. A promotora garantiu que tem provas em todos os casos. "Ele (Pellizzetti) acredita na Justiça e confia no resultado", afirmou Mello.
Todos os oito já haviam sido indiciados pela Dinarc (Divisão de Narcóticos). Os indiciados citados pela invasão foram Alberto Santos Silva, Edson Clementino da Silva e Alexsandro Ribeiro. Como participantes, Antônio Pellizzetti, Marco Aurélio Pinho, Ademir Leite Cavalcante, Emerson Vieira e Mauro Canuto.
Na época, quem comandou as investigações foi o delegado Adauto Abreu de Oliveira, da Dinarc. Ele deixou o posto para assumir a Corregedoria da Polícia Civil do Paraná e quem assumiu foi a mulher dele, a delegada Leila Bertolini.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina