Após ter o mandato cassado, o ex-senador Demóstenes Torres está sob pressão, no Ministério Público de Goiás, para deixar a função de procurador de Justiça e também o serviço público.
"Ele não está quite com suas obrigações eleitorais", afirmou o promotor Reuder Cavalcante Motta, da 3a. Promotoria de Justiça em Itumbiara (GO). Reuder é o porta-voz do grupo de 82 membros dos ministérios públicos estadual e federal do Estado, que nesta segunda pediu o afastamento de Demóstenes, liminarmente, ao Conselho Nacional de Ministérios Públicos (CNMP).
No entendimento do grupo, ao ser cassado por quebra de decoro e acusado de ligações com o empresário de jogos Carlinhos Cachoeira (em 11 de julho), Demóstenes Torres teve seus direitos políticos suspensos. Logo, não poderia exercer a função de procurador de Justiça.
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"Ele está com a sua capacidade eleitoral passiva suspensa, até o dia 31 de janeiro de 2027", disse o promotor. Motta diz que isso significa que, no período de 15 anos, o ex-senador poderá votar, como eleitor, mas não poderá ser candidato. Se não pode ser votado, também não pode exercer função pública, argumenta Reuder.
Em nota oficial, o corregedor-geral Aylton Flávio Vechi, do MPE, garantiu nesta terça estar investigando o caso. Considerou "precipitada" a ação dos promotores ao pedir o afastamento de Demóstenes Torres, no CNMP.