O governo do Estado decidiu receber uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Paraná, para decidir o destino do prédio inacabado do Fórum de Curitiba. Edgard Luiz de Albuquerque, presidente da OAB/PR, classificou como uma vitória o fato de o governo resolver discutir o assunto. A reunião acontece na próxima segunda-feira. O encontro será resultado de um protesto de 36 horas, que encerrou hoje com a implosão simbólica do prédio.
A construção do Fórum de Curitiba começou em 1983, no governo de José Richa. Três anos depois, as obras - que consumiram R$ 14 milhões - foram paralisadas. A OAB-PR estima que seriam necessários R$ 40 milhões para concluir o prédio. Segundo Albuquerque, esse projeto é inviável, tanto pela estrutura do prédio que não comporta as necessidades atuais de um Fórum, como pelo orçamento para a recuperação, suficientes para construir um novo imóvel.
Para o presidente da OAB-PR o governo nunca se mostrou interessado em solucionar o problema. Na reunião marcada para a próxima segunda-feira, com o presidente do Tribunal de Justiça, Sydney Zappa, o presidente da Assembléia Legislativa Nelson Justus e o prefeito Cássio Taniguchi, a OAB-PR vai apresentar as soluções para o impasse.
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A resposta mais plausível, conforme salienta Albuquerque, é a implosão. "O dinheiro público foi mal empregado e não tem como recuperá-lo", disse. Ele enfatiza ainda que a situação atual do prédio é perigosa e instável e acredita que no próximo dia 20 poderá ser marcado uma data para a implosão.
De acordo com advogados da OAB-PR, que assistiram a bateria de fogos usada na implosão simbólica, o protesto mostra o caos das instalações da Justiça paranaense. Os advogados querem instalações adequadas para o Judiciário e enquanto o governo não apresenta uma solução viável, eles apontam o Presídio do Ahú, os prédios das secretarias de Estado, no Centro Cívico e a Rodoferroviária de Curitiba como possíveis locais que poderiam ser transformados em Fórum.