Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Operação Lava Jato

PT se solidariza com Vaccari, mas deixa defesa a cargo de advogado

Agência Estado
17 abr 2015 às 10:10

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Ao contrário do mensalão, quando o PT saiu publicamente em defesa dos seus filiados e ex-dirigentes acusados - e posteriormente condenados e presos - por participação no esquema, o partido pretende virar a página o mais rapidamente possível em relação ao envolvimento do ex-tesoureiro João Vaccari Neto na Operação Lava Jato.

Na quarta-feira (15), o PT divulgou uma nota na qual classificou a prisão de Vaccari como indevida e manifestou solidariedade ao ex-tesoureiro. De acordo com a estratégia traçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente do partido, Rui Falcão, as manifestações públicas devem parar por aí. A ordem é "tocar a vida para frente" e deixar o caso nas mãos do advogado Luiz Flávio D’Urso sem, no entanto, virar as costas para o companheiro preso.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"Temos o governo, temos o 5º Congresso Nacional do PT (a ser realizado em junho). A vida continua", disse o secretário nacional de organização, Florisvaldo Souza.

Leia mais:

Imagem de destaque
Expansão urbana

Audiência na Câmara dos Vereadores de Londrina debate regras para chácaras do Limoeiro

Imagem de destaque
Após eleições

Paraná tem disputa por apoio de Ratinho Jr., Moro contestado e esquerda enfraquecida

Imagem de destaque
Reunião de chefes de Estado

Lula chama fome de chaga da humanidade e pede 'coragem de agir' ao G20

Imagem de destaque
Votação em segundo turno

Criação de diárias na Câmara de Londrina volta à pauta nesta terça-feira


Internamente, porém, a prisão do ex-tesoureiro continua repercutindo mal. Durante reunião da Executiva Nacional do PT, na quinta-feira, 16, em São Paulo, dirigentes avaliaram que a ação da Lava Jato atingiu em cheio o partido no momento em que tanto o PT quanto o governo se preparavam para reagir à crise política.

Publicidade


A direção fez uma avaliação positiva das últimas semanas citando sinais de desgaste do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na votação dos destaques do projeto de lei da terceirização, o início das mobilizações populares contra esse projeto, a queda do número de pessoas nas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e o recuo do governo em pontos das medidas provisórias que limitam direitos trabalhistas.


Segundo um cardeal petista, a inesperada prisão de Vaccari "paralisou as ações" e deixou o PT novamente na defensiva. Na reunião de ontem da cúpula petista, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato, foi alvo de muitas críticas. Um dirigente do PT chegou a falar em "estado de exceção". Petistas também classificaram a detenção como "uma prisão por razões políticas".

Publicidade


Dificuldade


O PT vai definir hoje o nome do sucessor de Vaccari na Secretaria de Finanças, mas encontra dificuldade para encontrar um nome que aceite a tarefa. A direção quer colocar no cargo um petista com mandato parlamentar. A indicação caberá à corrente majoritária Construindo um Novo Brasil, da qual Vaccari faz parte. Até o início da noite, a corrente havia sondado vários nomes sem conseguir convencer nenhum deles a aceitar.

Publicidade


Vaccari é o segundo tesoureiro do PT a ser preso. Delúbio Soares, um dos pivôs do mensalão, cumpre pena em regime semiaberto por envolvimento no escândalo. Embora Vaccari tenha pedido afastamento da tesouraria em caráter temporário por questões de ordem "práticas e legais", petistas consideram muito difícil que o tesoureiro tenha condições políticas de voltar à função futuramente.


'Injustiça'

Publicidade


A defesa do ex-tesoureiro divulgou nota ontem na qual classifica sua prisão como "uma profunda injustiça". O texto assinado por Luiz Flávio D’Urso diz que o decreto de prisão "teve por justificativa apenas conjecturas e prognósticos".


D’Urso e sua equipe preparam o habeas corpus que será apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. O recurso da defesa vai questionar ponto a ponto os argumentos apresentados no decreto de prisão de Moro. "O que tem de base para decretação da prisão preventiva? Primeiro são palavras de delatores, o que não constitui prova. Nenhum indício de prova existe para corroborar o que esses delatores falaram sobre Vaccari", disse D’Urso ao Estado.


Segundo um advogado que esteve com Vaccari na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, o ex-tesoureiro "passou bem" a primeira noite na prisão e se mantinha "sereno". O petista divide a cela com mais uma pessoa. (Colaboraram Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo