O texto principal da reforma da Previdência foi aprovadoem primeiro turno, na madrugada desta quarta-feira, por 358 votos, contra 126 e 9 abstenções.
Durante todo o dia, os partidos da base aliada procuraram melhorar o parecer do relator José Pimentel (PT-CE) para garantir a aprovação, em primeiro turno, da PEC 40. Todas as modificações foram avalizadas pelo Palácio do Planalto.
No PT, 80 parlamentares votaram sim, três contra, oito se abstiveram e um não votou. No PFL, foram 33 votos a favor e 36 contrários. Em relação aos deputados que se abstiveram, o presidente do PT, José Genoíno, disse que "houve uma ruptura política unilateral com o partido por parte desses deputados".
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A punição, segundo Genoíno, será definida pelo Diretório Nacional. Acrescentou que quando o PT fecha questão em torno de uma matéria e parlamentares contrariam a orientação, o partido não costuma "empurrar com a barriga a decisão sobre esses casos".
Já o líder do PT na Casa, Nelson Pellegrino (BA), considera que deve ser dado um tratamento diferenciado aos deputados petistas que se abstiveram e aos que votaram contra a reforma.
Segundo Pellegrino, os oito deputados que votaram pela abstenção não devem ser expulsos do partido. "Tem que se avaliar com calma esses casos", afirmou o líder. Ele reconheceu que os deputados infringiram a disciplina partidária e que, por isso, deverão sofrer algum tipo de punição.
O Grupo dos 30 (parlamentares considerados mais radicais do PT) ficaram reunidos até o último segundo antes da votação do texto principal para decidirem sua posição diante do texto principal de José Pimentel.
Os oito deputados que se abstiveram são: Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP), João Alfredo (CE), Maninha (DF), Mauro Passos (SC), Orlando Fantazzini (SP), Paulo Rubem (PE) e Walter Pinheiro (BA).
O presidente da Casa, João Paulo Cunha, marcou para hoje, às 14 horas, sessão ordinária para votar os Destaques de Votação em Separado (DVS) e as emendas aglutinativas de bancadas.