Depois de uma licença médica de dez dias, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) retornou nesta segunda-feira ao trabalho e, desde o início da tarde, permaneceu no gabinete. Por meio de sua assessoria, ele informou que não falaria à imprensa e recebeu, no início da noite, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Por volta das 20h30, ao deixar o gabinete, Renan foi abordado pelos jornalistas e negou a possibilidade de requerer uma nova licença: "Se estou trabalhando, como vou me licenciar?".
Também no Senado, o líder do partido, Valdir Raupp (RO), afirmou que não há como discutir na bancada a sucessão na Presidência da Casa sem a renúncia formal de Renan, que está licenciado. O ideal, disse, seria definir a substituição ainda neste ano. Caso contrário, avaliou, o processo poderá se complicar ainda mais dentro do PMDB.
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"Uma eventual eleição para a Presidência do Senado só aconteceria por volta de março do ano que vem, o que renderia ao sucessor de Renan Calheiros um mandato de sete meses", lembrou Raupp, para quem a escolha de um nome de consenso na bancada "está ficando difícil" e a cada dia aumenta o número de postulantes ao cargo.
Na opinião do líder peemedebista, o senador Renan Calheiros não renunciará ao cargo "antes de ter uma sinalização favorável sobre os processos que tramitam contra ele no Conselho de Ética".