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R$ 9,8 milhões

Requião quer juros de empresa ajudada por Lerner

Redação - Folha de Londrina
04 fev 2003 às 18:58

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O governador Roberto Requião (PMDB) não pretende abrir mão de receber os juros e as correções monetárias do empréstimo de R$ 9,8 milhões feito à empresa Detroit Diesel Motores do Brasil em 1997, na gestão do ex-governador Jaime Lerner (PFL). O Palácio Iguaçu está confiante que pode ganhar na Justiça o direito de receber as correções. A Detroit, fabricante de motores a diesel, está instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Fontes ligadas ao governo e à Procuradoria Geral do Estado (PGE) descartaram nesta terça-feira a possibilidade de se tentar um acordo com a direção da Detroit para receber a correção. O governo Requião vai esperar uma manifestação da Justiça. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, órgão vinculado ao Ministério Público (MP) estadual, propôs ação, no final do ano passado, questionando as transações firmadas entre o poder público e a empresa. A ação corre na 4ª Vara de Fazenda, em Curitiba, e será acompanhada de perto pela PGE.

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Os empréstimos foram feitos pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado do Paraná (FDE), na época gerido pelo Banestado (ex-banco estatal comprado pelo Itaú em outubro de 2000), de acordo com o MP. Hoje o FDE está sob a responsabilidade da Agência de Fomento do Paraná. Os contratos previam o pagamento em 31 de março de 2007, sem juros e sem correção monetária, e em moeda nacional.

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A advogada de defesa da Detroit, Vanessa Palácios, que trabalha no escritório de Louise Gionédis, mulher do ex-secretário de Estado da Fazenda no governo Lerner Giovani Gionédis, negou em entrevista à Folha a existência de qualquer irregularidade nos financiamentos. Pelos cálculos do MP, se o contrato for cumprido sem a correção monetária que deveria ter sido aplicada, a empresa devolverá ao Estado, em 2007, somente 43,59% do valor que foi financiado.


A Folha tentou contato novamente nesta terça-feira com a direção da Detroit. O departamento de marketing informou que não havia ninguém da diretoria na sede da empresa nesta terça-feira. Os representantes da inglesa Perkins, apesar de já terem oficializado a compra da Detroit no final do ano passado, ainda não estariam instalados no local.

*Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina


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