O prefeito cassado e candidato à Prefeitura de Londrina, Barbosa Neto (PDT), esteve na sede do Ministério Público na tarde desta quarta-feira (5). Ele foi ouvido novamente no caso em que é suspeito de estar envolvido nas licitações, supostamente fraudulentas, de compra dos uniformes escolares. O pedetista é acusado de receber pelo menos R$ 50 mil em propina para favorecer empresários nos processos.
O dinheiro teria sido entregue a ele pelo atual prefeito José Joaquim Ribeiro (PSC), que confirmou aos promotores que recebeu pelo menos R$ 150 mil de propina das empresas e repassou R$ 50 mil a Barbosa e outros R$ 50 mil ao então secretário municipal de Fazenda, Lindomar Mota dos Santos. O ex-chefe do Executivo disparou contra Ribeiro e negou que recebeu a vantagem indevida. No entendimento de Barbosa, as acusações têm motivação eleitoral. "As nomeações recentes do filho e do advogado da ex-secretária Karin Sabec e o envolvimento da coligação que ela pertence com o Ribeiro comprovam, mais uma vez, a tentativa de me tirarem da disputa pela prefeitura", destacou citando a secretária de Educação de sua administração, que mudou de posição após deixar a pasta e alegou, em depoimento, que o pedetista estaria envolvido no escândalo dos uniformes.
Vale lembrar que Ribeiro foi vice de Barbosa até o ano passado, quando o mesmo rompeu com a administração pedetista dizendo, à época, que estava envergonhado de fazer parte de uma gestão cercada por denúncias de corrupção. "Agora, quem envergonha o londrinense é o próprio Ribeiro. Ele é réu confesso e precisa ser questionado por vocês", disse Barbosa em entrevista coletiva aos jornalistas.
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Barbosa e outras 13 pessoas foram indiciadas pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira. Ele fez questão de minimizar o fato. "É o meu primeiro indiciamento. Nada se provou contra mim até agora e tenho certeza que não será desta vez."