O governador Beto Richa (PSDB) concedeu entrevista coletiva no início da noite desta quarta-feira (29) para comentar sobre a ação policial que resultou em mais de 200 feridos em frente à Assembleia Legislativa, em protesto contra a votação do projeto de lei que altera a previdência de servidores, aprovado por 31 votos a 20.
Richa defendeu os policiais, dizendo que eles teriam apenas reagido a uma ação que partiu dos manifestantes. "Vamos apurar. Os filmes que assisti são de agressões de manifestantes radicais, black blocks, atirando pedras nos policiais. Uma pedra daquela na cabeça mata na hora. A reação foi de proporção às vidas dos policiais. Qualquer excesso é condenável, de qualquer uma das partes".
Com base em números da Secretaria de Segurança Pública, o governador apontou que 20 policiais ficaram feridos na ação. Sete manifestantes que, segundo Richa, seriam black blocks, foram detidos com mochilas e encaminhados ao 1º Distrito Policial de Curitiba.
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Richa ainda culpou sindicalistas ligados a partidos políticos por "criar animosidades que não existiam entre governos e professores". "Não tinha razão para esta paralisação. Lamentavelmente, alguns professores acreditaram nas maldades ditas pelo sindicato".
Questionado durante a entrevista coletiva se o episódio desta tarde na Assembleia pudesse criar uma mancha em sua carreira política, o governador se esquivou. "Não tenho medo. Minha popularidade pode oscilar. A obrigação de todo governante responsável não é apresentar medidas e ações simpáticas, populares. Temos também que ter a coragem, no momento de necessidade, de apresentar medidas amargas, mas imprescindíveis para o futuro do Paraná. Se não aprovasse esta proposta hoje, a projeção é de que nos próximos cinco anos teremos mais 30 mil aposentados, mais R$ 200 milhões para os cofres do estado. Não tem como pagar esta conta. Estou colocando em risco minha imagem política para ser responsável pelo Paraná".