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Influência 'digital'

Sargento Fahur, de Maringá, é o terceiro com mais poder de mobilização nas redes sociais

Dida Sampaio
Agência Estado
24 fev 2019 às 13:16
- Reprodução/Twitter
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Em primeiro mandato, o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) desbanca figuras tradicionais da política no ranking dos 20 congressistas mais influentes nas redes sociais. Ele aparece como o terceiro com mais poder de mobilização no Twitter, no Facebook e no Instagram, atrás apenas de Joice Hasselmann e Eduardo Bolsonaro - ambos do PSL-SP.

Se não estão entre as lideranças que ditam a pauta do Congresso, os parlamentares "digitais" usam o poder que têm para pressionar colegas mais experientes por meio de milhares de seguidores. "Nas sessões, eu pego o celular e peço que pressionem os deputados", afirmou.

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Levantamento inédito do Instituto FSB Pesquisa obtido pelo Estado mediu a performance dos deputados e senadores na internet. Todos os 513 deputados e 81 senadores estão presentes em pelo menos uma das três redes de relacionamentos. No total, 100% estão no Facebook, 99,3% no Instagram (aplicativo que mais cresce no País) e 87,5% no Twitter.

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Nos primeiros 20 dias de fevereiro, congressistas que postaram pelo menos um comentário nas redes sociais somaram mais de 108,5 milhões de seguidores. No período, foram 44,4 mil conteúdos.

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As mensagens nas redes sociais já influenciaram na escolha do presidente do Congresso. A hashtag "ForaRenan" e a pressão para que senadores revelassem seus votos mesmo na sessão secreta levaram à derrota o senador Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pelo comando da Casa. Seu opositor, Davi Alcolumbre (DEM-AP), está em 16.º na lista de mais influentes nas redes.


Líder do ranking, Joice Hasselmann tem a peculiaridade de usar dez aparelhos de celular. A pesquisa revela que ela sucede ao presidente Jair Bolsonaro como parlamentar mais influente nas redes. Já Eduardo Bolsonaro tem contas nas redes que interagem diretamente com as do pai e dos irmãos Flávio e Carlos. Joice tem 2,4 milhões seguidores no Facebook e Eduardo, 2,5 milhões. Estão atrás de Sargento Fahur, que movimenta uma página com 4 milhões de seguidores, o mesmo número da do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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A página de Bolsonaro é acompanhada por 10 milhões de perfis. No Twitter, Eduardo tem 1,2 milhão de seguidores. Sargento Fahur é acompanhado por 377 mil e Joice, 295 mil.


O partido do presidente Jair Bolsonaro é a legenda com mais parlamentares influentes na pesquisa. O PSL tem seis congressistas no levantamento, seguido do PT (3) - a deputada e presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), o deputado Paulo Pimenta (RS) e o senador Humberto Costa (PE). Na sexta posição geral no ranking, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é o senador mais influente da lista.

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Na tarde da sexta-feira, 22, numa Câmara esvaziada, Sargento Fahur estava em seu gabinete movimentando suas redes sociais com mensagens sobre a questão da segurança pública. Ex-policial militar rodoviário, Fahur se elegeu como o deputado mais votado do Paraná - 314 mil votos -, com um discurso de defesa de linha dura no combate à criminalidade. O trabalho solitário poderia ser feito em Maringá, onde mora. Mas ele ouviu de um parlamentar antigo que sexta-feira é um bom dia para ser recebido por ministros e técnicos do governo para defender projetos de interesse de seus seguidores. "Viajar todo fim de semana é um gasto desnecessário. Aqui estou com meus eleitores", disse.


'Satisfação'

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Os parlamentares que aparecem no ranking dos mais influentes fazem, muitas vezes, malabarismo para não desagradar às redes. "A minha responsabilidade é grande. Preciso dar satisfação para meu público. Às vezes, um projeto parece bom para o povo, mas não é", afirmou Fahur. "Minha vida está emparelhada às redes."


Entre 1.º e 20 de fevereiro, as postagens dos parlamentares petistas representaram 21,1% do total. O PSL ficou em segundo, com 12,6%. O partido de Bolsonaro, no entanto, foi o que mais conseguiu engajar seguidores. Do total de interações, o PSL aparece com 46,5%, à frente do PT (7,6%), PSOL (6,5%), PSD (5,5%), Podemos (5%), DEM (4,7%), PDT (3,7%), PP (2,9%) e PR (2,4%).

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Para calcular a influência de cada parlamentar, a pesquisa levou em consideração o número de seguidores, a quantidade de publicações, o alcance das mensagens e o engajamento - curtidas, comentários e compartilhamentos - em cada uma das três redes sociais.


Com apenas 59 mil seguidores no Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é influente no Congresso e no governo, mas nem tanto nas redes sociais. No início do mês, Maia disse ao Estado que a influência da internet no Congresso é relativa, e depende do quanto o assunto é capaz de mobilizar a sociedade. "Os movimentos têm força quando têm apelo na sociedade."

Os deputados "digitais", segundo ele, também terão de aprender a trabalhar "offline". "Quando o youtuber vira deputado, ele começa a ser cobrado sobre soluções. O seguidor dele vai querer saber como é que ele ajudou o Brasil a sair da crise", observou Maia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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