Após inúmeras reviravoltas, os deputados chegaram a um entendimento em torno da data definitiva para eleição do sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara. Segundo o 1º secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), após muita conversa e negociações por telefone, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), marcou a votação para quarta-feira (13), a partir das 16h. "Marcamos para quarta para dar a quem quer ser candidato a possibilidade de se inscrever – e os 512 deputados têm toda a condição de ser", disse Mansur.
Regras
A Câmara usará urna eletrônica na eleição de seu novo presidente. Pelas regras propostas, os deputados terão até as 12h de quarta para registrar as candidaturas. Um sorteio definirá, em seguida, a ordem dos deputados na votação, e essa sequência também valerá para a ordem dos discursos no plenário. "Quem for chamado para discursar e não estiver presente, não poderá ser chamado novamente. "
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Para ser eleito, o deputado precisará da maioria absoluta: 257 votos. Caso ninguém consiga atingir esse número, haverá segundo turno. Em caso de empate, tanto no primeiro quanto em um eventual segundo turno, a disputa será desempatada obedecendo respectivamente aos seguintes critérios: maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.
Candidaturas
Até o final da tarde desta segunda-feira (11), sete deputados haviam se candidatado, mas os dois principais nomes - e favoritos -, Rogério Rosso (PSD-DF) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não formalizaram a participação no pleito.
Rosso presidiu a comissão especial do impeachment da Câmara e faz parte do chamado "centrão", grupo de partidos da base de Michel Temer que apoiam Eduardo Cunha. Ele já confirmou que irá participar da eleição. Já Rodrigo Maia tem apoio do DEM, PPS, PSB e PSDB, partidos que também fazem parte da base de Temer, mas são adversários de Eduardo Cunha.
O PMDB, com 66 deputados, tem dois nomes até o momento disputando o cargo oficialmente: Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG). Além destes, há a expectativa do registro de candidatura de mais alguns correligionários do presidente interino Michel Temer. Nos bastidores, circulam ainda os nomes dos deputados Baleia Rossi (SP), Osmar Serraglio (PR), Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR) como possíveis candidatos do partido. Há ainda a possibilidade de uma candidatura do PSOL.
Ao lado de Castro e Ramalho, oficialmente já registraram candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Além deles, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, e Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, também oficializaram a disputa do pleito.