Mesmo sendo do mesmo partido do presidente Fernando Henrique Cardoso, os dois senadores tucanos do Paraná, os irmãos Alvaro e Osmar Dias, mantiveram as assinaturas no requerimento que pedia a abertura da CPI da Corrupção e condenaram a estratégia governista de ameaçar aliados de retaliação, retirando cargos e negando liberação de verbas, caso não retirassem o apoio. O terceiro senador paranaense, Roberto Requião, também assinou o requerimento.
""Ainda que o governo prometesse me condenar à morte eu não retiraria (a assinatura). O governo, no meu entendimento, está agindo de forma equivocada e desrespeitosa com a sociedade, que se manifestou quase que inteiramente a favor da investigação"", criticou Osmar - que considerou uma ""decepção"" o arquivamento da CPI.
Alvaro também disse não temer retaliação do governo. ""É evidente que recebo críticas, que há um constrangimento no seio do partido, mas não há o que retaliar com a minha pessoa. Sempre adotei uma posição de independência. Tenho votado contra o governo em várias oportunidades e tenho sido respeitado. Imagino que nesse episódio serei respeitado porque atendemos a um clamor popular e os ditames da própria consciência.""
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* Leia mais em reportagem de Lúcio Horta na edição da Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado