Em seu primeiro dia de campanha de rua, o pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, foi vaiado por jovens que frequentavam o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, zona norte da capital. A maioria deles estava na fila para retirar o ingresso para o show do rapper Criolo, marcado para a noite desta última sexta.
Serra decidiu iniciar sua campanha no local para "dar sorte", pois o centro foi inaugurado durante sua gestão como prefeito em 2006. O pré-candidato, no entanto, disse não ter ficado abalado com as vaias. "Isso é normal, a vida é assim na política. Não é uma questão de gratidão, fiz o centro para milhares de jovens da zona norte, muitos desses que estão aqui hoje não sabem que foi eu que fiz", afirmou.
Durante a visita, Serra foi acompanhado pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, e pelo secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider (PSD), cotado para ser vice-prefeito na chapa do PSDB. Schneider, no entanto, disse que estava no local por uma "coincidência" e que ainda era cedo para falar sobre o assunto. Serra também evitou discutir a questão. "Isso é mais para frente. Não vamos tratar disso aqui. Eu não sou nem candidato ainda. Mas Schneider é um ótimo quadro, de primeira qualidade". O secretário é um dos quatro nomes indicados pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) para ocupar a vaga.
Leia mais:
Assembleia Legislativa recebe oito mil sugestões de paranaenses para orçamento
Câmara de Londrina vota nesta terça-feira Projeto de Lei que atualiza parcelamento do solo
Cotada para a Saúde, superintendente do HU entra na equipe de transição em Londrina
Belinati defende licitação para compra de uniformes e diz que a 'bola está com o TCE'
Antes disso, no início da tarde, o pré-candidato aproveitou um almoço com líderes da região norte em um tradicional bar na Freguesia do Ó para criticar o governo federal. Segundo ele, o Planalto está "se mexendo muito" para favorecer a candidatura do petista Fernando Haddad.
"O governo federal está se mexendo muito para favorecer a candidatura do PT, o que é estranho. É legítimo que os partidos se movimentem, mas aí é mexida de governo mesmo, muitas vezes por questão de apoio político", disse ele referindo-se à posse de Marcelo Crivella (PRB-RJ) como ministro da Pesca, em substituição ao petista Luiz Sérgio. Crivella é sobrinho de Edir Macedo e bispo da Igreja Universal. Sua nomeação para o ministério foi avaliada como uma tentativa de obter apoios dos evangélicos à candidatura de Haddad.