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Prefeitura de SP

Serra negocia com Alckmin entrada em prévia

Agência Estado
25 fev 2012 às 08:42

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O ex-governador José Serra reuniu-se anteontem à noite com o governador Geraldo Alckmin para discutir sua entrada como candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Os dois analisam agora uma eventual participação de Serra na prévia da sigla, marcada para o dia 4 de março, numa ação que legitimaria a candidatura. Ao mesmo tempo, o partido analisa se a disputa interna pode ser postergada.

A informação foi antecipada ontem no portal estadão.com.br. A ideia é tentar avançar num consenso em torno do nome de Serra - ou, pelo menos, uma maioria segura. Integrantes da executiva municipal foram acionados para encontrar uma saída jurídica para a entrada de Serra na prévia, cujas inscrições foram encerradas na semana passada.

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Em reunião no Palácio dos Bandeirantes anteontem, da qual participaram também o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, e o senador Aloysio Nunes Ferreira, a entrada de Serra na prévia foi apontada como a forma menos desgastante de colocar o ex-governador na disputa eleitoral, num momento em que o partido já avançou no processo de escolha interna.

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Apoiada por parte da direção estadual do PSDB, a prévia acabou avançando internamente, de modo que o próprio governador evita arcar com o ônus de dar uma canetada para desmarcá-la.

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A avaliação da cúpula é que a indicação de Serra pela direção do partido, atropelando dois dos quatro pré-candidatos - o secretário José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli dizem que não vão desistir -, seria mal digerida não só por grupos do PSDB como por eleitores.


A saída colocada na mesa de discussão passou a ser então a entrada de Serra na disputa interna, num movimento que contaria com o apoio dos outros dois pré-candidatos: os secretários Andrea Matarazzo (Cultura) e Bruno Covas (Meio Ambiente) tendem a abrir mão da corrida.

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Os líderes tucanos avaliam, inclusive, que a movimentação pode acuar Aníbal e Tripoli e levá-los a desistir do processo de escolha interna, tornando Serra o candidato por aclamação - a hipótese hoje é pouco provável, mas não está descartada.


A disposição de Serra disputar a prévia, algo visto com resistência por seus apoiadores, também teria outro propósito: mostraria que o ex-governador é a favor da democracia partidária e que se submete à escolha de militantes.

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Dúvida


No encontro com Alckmin, Serra fez questão de dizer, no entanto, que ainda não está decidido a ser candidato. A ressalva foi interpretada no Bandeirantes como trunfo para poder negociar com o governador. Além da questão da prévia, Serra quer a garantia de que terá um amplo arco de alianças a seu favor, o que daria a ele tempo de TV no horário eleitoral. Quer Alckmin envolvido no processo.

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Vice


Apesar da disposição para composição com outras legendas, os tucanos trabalham agora com um cenário de "chapa puro-sangue". Matarazzo e Bruno, que apoiariam Serra na prévia, estão cotados para a vice.

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A mudança da data da prévia seria possível em virtude de uma brecha jurídica presente em resolução do diretório estadual do PSDB, que disciplina o processo. O documento aponta que a prévia deve ser realizada até 31 de março, o que daria maior tempo para costurar a operação a favor do ex-governador.


"A mudança da data é possível, mas deve passar pela decisão da executiva municipal ou estadual do PSDB", disse um tucano.

Aníbal e Tripoli rejeitam postergar a prévia. "Marcar a prévia no dia 4 de março foi resultado de um processo muito amadurecido, com sugestões de Alckmin, em novembro", disse o secretário de Energia. "Não vou entrar em discussão jurídica, estatutária. Entro na discussão política."


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