Beneficiados por habeas corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, os cinco últimos investigados pela Operação Navalha deixaram na madrugada desta quarta-feira (30) a Superintendência da Polícia Federal, onde estavam presos desde o dia 17.
Zuleido Veras, dono da Construtora Gautama; a diretora comercial Maria de Fátima Palmeira, apontada como "braço direito" de Veras; o diretor da empresa em Alagoas, Abelardo Sampaio Lopes Filho; o funcionário João Manoel Soares Barros; e Vicente Vasconcelos Coni, que atuava no escritório da Gautama no Maranhão, todos investigados por fraudar licitações públicas e desviar recursos federais de programas como o Luz para Todos, saíram da sede da Superintendência entre 0h30 e 1h06. As informações são da Agência Brasil.
O ministro, que deferiu 14 dos 33 pedidos de habeas corpus feitos ao Supremo, alegou para justificar sua decisão de libertar os últimos presos que a ministra Eliana Calmon, responsável pelo inquérito no Superior Tribunal de Justiça, havia revogado a prisão preventiva de todos os outros suspeitos ainda não beneficiados por habeas corpus, após ouví-los.
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A libertação dos suspeitos, segundo Gilmar Mendes, não impede que eles voltem a ser convocados a depor: "Nesse ponto, entendo que a eminente relatora do inquérito possui amplos poderes para convocar sempre que necessário os ora pacientes".
No último sábado (26), Zuleido Veras, apontado como mentor do grupo investigado, negou-se a prestar depoimento e foi mantido preso. Maria de Fátima Palmeira também foi mantida presa, apesar de ter falado à ministra durante quase nove horas.
A partir das 8 horas de hoje, convocados pela ministra Eliana Calmon, estão previstos os depoimentos do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho; do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT); do ex-procurador geral do Maranhão, Ulisses César Martins de Sousa; e do ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.