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Operação Publicano

Suposto líder de esquema na Receita será interrogado hoje

Loriane Comeli - Folha de Londrina
11 abr 2016 às 09:42

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Acusado pelo Ministério Público (MP) de ser o líder da organização criminosa incrustada na Receita Estadual de Londrina, o auditor Márcio de Albuquerque Lima será interrogado hoje no processo relativo à primeira fase da Operação Publicano. Ele responde por 32 dos 70 fatos criminosos narrados na denúncia, sendo 23 de corrupção passiva tributária, um de corrupção passiva (prevista no Código Penal) e sete de corrupção ativa, além de organização criminosa.
Pela corrupção passiva, ele é acusado ou por ter diretamente negociado acordos de corrupção ou por, juntamente com outros auditores da cúpula da Receita, ter recebido parte do que era arrecadado de propina por auditores.

Lima foi delegado-chefe da Receita de Londrina desde o começo do primeiro mandato do governador Beto Richa (PSDB), em janeiro de 2011, até junho de 2014. Em seguida, em julho de 2014, foi promovido inspetor-geral de Fiscalização da Receita, segundo cargo mais importante do fisco estadual. Permaneceu até março de 2015, dias antes da deflagração da Publicano e da decretação de sua prisão preventiva.

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Segundo o principal delator do esquema, o auditor Luiz Antonio de Souza, Lima foi indicado ao cargo de inspetor pelo empresário Luiz Abi Antoun, parente distante de Beto, que teria livre acesso ao Palácio Iguaçu. Lima, a pedido de Abi, também teria sido o responsável por ordenar auditores a arrecadar dinheiro de propina para a campanha de reeleição tucana, fato negado tanto pelo PSDB quanto pelo governador.

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A mulher de Lima, a auditora Ana Paula Pelizari Marques, também será interrogada hoje. Ela é acusada dos mesmos crimes que o marido, além de ocultação de documentos, já que alguns dias antes do cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua residência expedidos pela 2ª Vara da Fazenda Pública, teria retirado de seu apartamento, com o auxílio de uma sobrinha de Abi, segundo a denúncia, "diversos documentos, numerários e bens que comprovariam a procedência ilícita dos ganhos auferidos por (seu marido) Márcio".

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O advogado do casal, Douglas Bonaldi Maranhão, preferiu não adiantar qual será o teor do depoimento de seus clientes. Até hoje, eles não deram declarações sobre as acusações. Em interrogatórios no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), reservaram-se ao direito de nada falar, assim como a maioria dos réus que serão ouvidos esta semana.


Entre segunda e sexta, serão interrogadas 30 pessoas, sendo 18 auditores e 12 particulares, incluindo três empresários, três contadores e dois "laranjas". Nenhum firmou acordo de delação premiada com o MP, o que indica que negarão todas as acusações.


Entre os réus desta semana também estão os irmãos Santelli. O policial civil André Luís e o funcionário da Receita de Londrina Paulo Henrique são, segundo a denúncia do MP, integrantes do núcleo da organização criminosa que tentou cooptar policial do Gaeco. André Luís ofereceu dinheiro para que o agente do Gaeco passasse informações sobre as investigações da Receita e tais encontros foram gravados, com autorização da justiça, conforme relato do MP.

Também serão interrogadas pessoas do "núcleo do combustível", ligadas à distribuidora de combustíveis Big Petro, que seria, de fato, do empresário Paulo Midauar: o suposto "laranja" da empresa, Stefan Ruthschilling, e pessoas que agiram no pagamento de propina a policiais rodoviários para liberar um caminhão da distribuidora com combustível possivelmente adulterado e sem o recolhimento devido de ICMS.


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