A compra de créditos tributários da Olvepar foi realizada de forma apressada e sem qualquer consulta preliminar ao departamento jurídico da estatal.
A afirmação foi feita nesta terça-feira por ex-diretores da Companhia Paranaense de Energia (Copel) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) montada pela Assembléia Legislativa.
O ex-coordenador do departamento contábil da Copel, Cezar Antonio Bordin, disse que foi feita uma minuta para a compra dos créditos da Olvepar, empresa que trabalhava com soja e que enfrentava sérias dificuldades financeiras, no mês de maio de 2002.
Leia mais:
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
A minuta foi enviada para a assessoria jurídica que mandou cancelar a operação, na época de R$ 10,8 milhões.
No final de 2002 foram emitidos pareceres do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Secretaria de Estado de Governo favoráveis à transação.
O então diretor financeiro da Copel Ricardo Portugal Alves contou que no final de dezembro foi chamado pela presidência da estatal para falar sobre a necessidade de se realizar a operação com a Olvepar.
O presidente Ingo Hubert teria dito que o negócio renderia de lucro para a Copel cerca de R$ 5,5 milhões.
''Fiquei surpreso que isso ocorresse durante o período de transição de governo. Pedi para deixar para o próximo governo. Fiquei sabendo depois que o contrato já estava pronto e queriam que eu assinasse. Não quis assinar porque achei que era desnecessário. Nunca imaginei que houvesse fraude'', complementou Portugal.
A transação teria sido feita secretamente por Hubert e por Bordin.
Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina