Três deputados federais eleitos pelo Paraná gastaram mais do que arrecadaram para se eleger e podem ter as contas desaprovadas pela Justiça Eleitoral caso suas dívidas não sejam assumidas pelos próprios partidos.
O caso mais gritante é o do petista reeleito Assis do Couto, que ficou no vermelho em R$ 205 mil: ele gastou R$ 548,7 mil, ante uma receita de R$ 343,7 mil. Marcelo Belinati (PP) também terminou a corrida eleitoral endividado em R$ 68,8 mil. Num valor menor, Takayama (PSC) gastou R$ 3,7 mil a mais do que arrecadou.
Segundo o coordenador de contas eleitorais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná Helton Sandres, as dívidas de campanha dos candidatos devem ser assumidas pelos diretórios nacionais dos respectivos partidos, que devem deliberar se aceitam ou não pagar os gastos acima da receita. Em caso contrário, os candidatos devem ter as contas desaprovadas e responder judicialmente.
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Porém, também há casos em que as doações ultrapassam os gastos dos candidatos. Apesar de mais comumente não passar de algumas centenas de reais, há situações vultuosas, como a de Sérgio Souza (PMDB), que teve sobra em caixa de R$ 1,1 milhão. Outros quatro candidatos paranaenses ao Legislativo federal tiveram sobras acima de R$ 1 mil e seis acima de R$ 100.
Neste caso, os valores são revertidos para o partido do candidato – e pode ser usado para bancar os excessos dos mais gastadores.