O vereador Rodrigo Gouvêa (PRP), que já esteve afastado da função e preso em razão de investigações que envolvem improbidade e crimes, está sendo investigado por possível promoção pessoal, que, se comprovada, implicará novo ato de improbidade administrativa.
Ele encaminhou a um número ainda não conhecido de moradores de Londrina uma correspondência na qual faz uma defesa pessoal de todos os processos a que responde. O problema é que essas cartas foram pagas com a cota relativa a correspondência que o vereador tem na Câmara – portanto, com dinheiro público – em papel oficial da Câmara e contêm a foto do vereador.
"Em tese, ele está utilizando recursos da Câmara para fins pessoais", disse a promotora de Defesa do Patrimônio Público, Leila Voltarelli, que tomou o depoimento do vereador na manhã de hoje (19) juntamente com o promotor Renato de Lima Castro. "Ele confirmou que praticou este ato", afirmou.
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Em entrevista aos jornalistas, o vereador disse que tem direito de encaminhar a correspondência já que tem uma cota para encaminhar correspondências e que está sendo vítima de perseguição.
A promotora lembrou que a Constituição Federal veda qualquer promoção pessoal do agente público e que atos como esse podem configurar improbidade administrativa. "Estamos na fase de investigação, coletando dados sobre as circunstâncias deste fato", disse Voltarelli.