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Recordista de bilheteria nos EUA, '300' chega ao circuito nacional

Carlos Eduardo Lourenço Jorge - Folha de Londrina
30 mar 2007 às 17:25
- Divulgação
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Esta é a adaptação da cultuada novela gráfica de Frank Miller, que narra o enfrentamento entre os 300 guerreiros espartanos do título, comandados pelo rei Leônidas, e os milhares de persas sob as ordens do decadente monarca Xerxes na mitológica batalha do desfiladeiro das Termópilas, ocorrida em 480 a.C.

Segundo Miller, um dos nomes fundamentais do gênero nas ultimas décadas, ele escreveu, desenhou e publicou a HQ em 1998 como homenagem ao fascínio que o episódio histórico despertou nele, e também para pagar tributo ao filme ''Os 300 de Esparta'', realizado em 1962.

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Mais uma vez o autor justificou a fama de que, no caso dele, a forma é o conteúdo: o poder de suas vinhetas está centrado nos claro-escuros extremos, nas geometrias impossíveis e nas muitas referências pictóricas.

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E aqui temos o único mérito desta versão cinematográfica. A exemplo da adaptação que Robert Rodriguez fez há dois anos de ''Sin City'', também de Miller, o diretor Zack Snyder foi mais além: respeitou até limites obsessivos o material gráfico original, combinando à exaustão imagens reais dos atores com entorno totalmente gerado por computador, imitando à perfeição o peculiar estilo do desenhista.

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Por assim dizer: ele dotou de movimentos todas as vinhetas. Quem conhece o original de Miller vai testemunhar que Snyder reproduziu com fidelidade maníaca, em tamanho GG, a grande maioria das ilustrações impressas sobre papel. E mais: atreveu-se a experimentar com texturas visuais nunca antes vistas no cinema.


A clássica iconografia greco-latina e o impostado tom épico do cinema de aventuras estão aqui combinados com a modernosa estética publicitária de múltiplos efeitos e com o falso hiper-realismo dos videogames. O resultado? um insólito produto que não se assemelha a nada visto nos últimos anos.

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Pena mesmo que este poderio decorativo devore sem piedade tudo ao redor e a si mesmo, em processo de inapelável autofagia. Os personagens resultam tão vazios como over, reiterando com gestos, olhares ou gritos estridentes suas premissas de patriotismo, honra, valentia, amor, sacrifício ou lealdade. O pedantismo estético-violento, e muito kitsch, aos poucos toma conta por completo da narrativa e banaliza aquelas que foram de início virtudes ornamentais.


O filme oferece um pesado carregamento de combates bestiais, tendo como background o amor incendiário da rainha Gorgo e as intrigas palacianas em Esparta com direito à traição de um personagem horripilante, cruzamento de Gollum com o corcunda de Notre Dame.

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Não há muito mais a incluir aqui a título de sinopse desta produção muito vistosa e muito violenta. Muita cabeça decapitada, muitas flechas ao mais cruento estilo martírio de São Sebastião. Uns quantos discursos supostamente vibrantes mas que não explicam quais os ideais que movem os espartanos.


Muito esperto o pessoal de marketing da Warner, amplificando boataria sobre sub-reptícias e falsas pistas envolvendo acirramento da guerra psicológica entre Bush e o persa-iraniano Ahmadinejad. É que no fundo da história estariam os persas-vilões contra os espartanos-heróis, ou o confronto entre valores ocidentais e orientais. Tudo muito bem tramado, os americanos engoliram e o resultado são os US$ 161 milhões em apenas três semanas de exibição.

Para o público brasileiro há uma atração extra: o ator-galã global Rodrigo Santoro em outra incursão hollywoodiana, aqui vivendo o rei-deus Xerxes.


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