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A estratégia corporativa e a estratégia da educação

25 abr 2011 às 16:08
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É muito comum nos primeiros anos do curso de administração, encontrar dúvidas sobre a validade desta ou daquela disciplina (ou matéria) que fazem parte do currículo do curso e ofertadas aos alunos. Principalmente nas "disciplinas de nivelamento" aquelas cujo objetivo é assegurar que todos os componentes da sala de aula tenham efetivamente acesso e (aproveitamento adequado) daquilo que é essencial, por exemplo, português e matemática.
Mais comum ainda, infelizmente, é encontrarmos alunos que optam pela administração "porque não tem matemática" - duvido que exista algum curso onde a matemática seja dispensável, ou mesmo uma situação qualquer onde não a utilizemos, mas posso estar errado – o que é um pensamento terrível, pois as empresas são regidas por números, oriundos de seus diversos sistemas de informação e comparações, estatísticas, variações, projeções...
Talvez essa Idéia de livrar-se da malvada matemática, seja uma referência ao tão falado cálculo que encontramos nos cursos de áreas técnicas. Ou simplesmente, uma aversão cada vez mais natural, a uma trajetória escolar onde alguma coisa acontece principalmente detestar tudo que envolve cálculo.
A educação precisa urgentemente ser revista, de maneira séria e com planos que sejam efetivos, principalmente no ensino fundamental, pois ali são realmente formados os futuros profissionais. Claro que não será feito da noite pro dia, afinal, as grandes maratonas começam num passo inicial para depois se transformarem em desafios reais. Está mais que na hora do Brasil pensar em soluções verdadeiras com planejamento e metas plausíveis. Nosso estilo (do governo) de deixar acumular para resolver tudo de uma vez, já se mostrou completamente ineficaz, pois estamos sempre apagando o incêndio de ontem e não conseguimos evitar o incêndio de amanhã.
Esse é o pensamento do planejamento estratégico da administração, tratado por autores como Ansoff e Porter, que nos mostram a NECESSIDADE de nos preparar, de antecipar, de antever, do desenvolvimento de planos alternativos, de não agir apenas com reação ao que poderia ter sido – se não evitado – ao menos minimizado por um plano desenvolvido de maneira adequada.
Planos radicais para solução imediata não resolverão o problema, que tem origem nas profundas desigualdades sociais do presente, numa sociedade que se sustenta fragilmente em pilares de qualidade duvidosa. Ainda segundo os autores citados, o cenário estratégico exige um conhecimento holístico, global dos elementos que fazem parte da cadeia numa busca pelo equilíbrio entre esses integrantes e o mesmo acontece com o ensino, onde se começa apresentar o conhecimento de maneira metódica e estruturada, para que, ao chegar ao curso superior, o aluno tenha uma "bagagem" de conhecimento técnico sobre o qual podemos consolidar a especialidade que foi escolhida.
A composição da grade curricular está correta, o que não está devidamente claro é que, todo conjunto de informação que recebemos ao longo de nossa vida acadêmica terá aplicação no momento devido, de acordo com nossas escolhas, e que não existe nada que seja "desnecessário" ou "descartável", mas todos os professores devem também ter essa visão holística, compreendendo que sua disciplina não existe "porque sim", mas como parte de um gigantesco conjunto de conhecimento, cada vez menos claro aos olhos dos alunos.

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