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Brasil S/A

22 nov 2004 às 11:00
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Imagine um cenário de mercado onde a empresa recebe antecipadamente por seus produtos e serviços, tem completo monopólio e nenhuma concorrência. Utopia? Essa empresa é o governo.

Se adicionarmos a essa descrição valores e prazos estipulados com pouco ou nenhum critério e serviços apresentados muito inferiores aos valores percebidos, e ainda assim, nenhuma reclamação, até porque não existe um serviço de atendimento ao cliente. Ano após ano, o faturamento aumenta, mas com pouca ou nenhuma preocupação de melhorar. É o governo do Brasil.

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A situação do governo é o sonho de qualquer empresário, o difícil é entender o motivo de uma empresa tão rentável não funcionar. Se fosse eleger, eu diria: ausência de boa administração. A burocracia é o principal fator que contribui negativamente (e muito) no andamento dos processos. O excesso de processos burocráticos torna a empresa "engessada", muita vezes impedindo-a de realizar os movimentos necessários para uma boa atuação no mercado. Claro que a inexistência de controle, causa o caos na organização, pois impede que sejam criadas as ferramentas de apoio à tomada de decisão.

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Normalmente associada à burocracia, temos um excesso de funcionários, muitas vezes realizando (ou pior, não realizando) tarefas que facilmente poderiam ser suprimidas num trabalho simples de reengenharia de processos, racionalizar de maneira eficiente é a palavra de ordem, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de comprometer seu rendimento com uma estrutura inchada. Completando o quadro caótico, os processos seletivos utilizados para a "contratação" dos profissionais, onde mediante uma prova de validade questionável ou de processos eletivos, agregam-se ao quadro de colaboradores um imenso número de profissionais (profissionais?) de qualificação duvidosa, que asseguram estabilidade, independente da qualidade ou competência apresentada na realização das atividades do trabalho.

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O que torna ainda pior a ineficiência da administração pública, é transmitir (principalmente pela carga tributária) esses problemas para os outros componentes do mercado, impedindo muitas vezes a circulação do capital e uma eficiente distribuição da renda, uma vez que a mercadoria mais rara no mercado hoje é o dinheiro.


As mudanças ocorridas nas empresas nos últimos anos, exigiu uma rápida evolução dos profissionais de administração, uma verdadeira necessidade, oriunda de um cenário extremamente competitivo e mutável. As empresas convivem com uma concorrência cada vez mais acirrada e clientes muito mais exigentes. Sair-se bem nessa situação, significa a sobrevivência da empresa. Todas as técnicas de planejamento, controle e racionalização são empregadas todo o tempo. Por que então, não aplicá-las também à administração pública?

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Infelizmente, o governo na grande maioria das vezes, defende interesses próprios, políticos e não os interesses comuns. Qualquer auditor decretaria a falência desse método administrativo, tão inadequado às necessidades e exigências do mercado, e principalmente dos contribuintes, que são os clientes dessa empresa. Não adianta o faturamento aumentar indefinidamente se os recursos não forem aplicados no sentido de corrigir os problemas que a "empresa" possui atualmente.


Um valor muito grande desses recursos é gasto com folha de pagamento. Como agravante, aparece a figura da "estabilidade" obrigando a estrutura continuar custeando colaboradores que não estão adequados às suas necessidades. Sem esse mecanismo de controle, a corporação afunda num mar de pessoas que pouco se esforçam para o sucesso da corporação.


Todas as grandes empresas, estão cada vez mais se preparando, buscando modernas técnicas administrativas, profissionais mais competentes, em processos seletivos cada vez mais rigorosos, racionalizando e otimizando ao máximo seus processos e métodos de produção. A exigência de qualidade obriga as empresas à uma corrida sem fim rumo ao produto perfeito, ao ideal.

Essa fórmula funciona. O administrador cada vez mais consolida sua importância para a sobrevivência das empresas. Já passou da hora do Brasil ser administrado de maneira séria e consciente, com uma clara missão clara, atendendo aos interesses da população, ou clientes. Um processo de qualidade deve ser implantado, tornando viável e produtiva essa grande corporação, que infelizmente anda na "contra-mão" da evolução.


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