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O fim da privacidade

31 dez 1969 às 21:33
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Parece que não existem limites para a utilização da grande rede. Todos os dias são apresentados novas ferramentas, novos processos, novos serviços baseados no conceito "só é necessário o navegador". Até mesmo a poderosa Microsoft aponta com uma versão do seu pacote de aplicativos MS-Office em uma versão que poderá ser utilizada "on-line", a baixo custo.

A comunidade de "open-source" com seus milhões de excelentes técnicos, inovadores e muito imaginativos, torna essas aplicações cada vez mais poderosas, apontando que os conceitos mudaram e mostram a importância e as vantagens da colaboração, numa análise romântica, o esforço de todos para o bem coletivo... Seja qual for a análise ou impressão de cada um sobre esse revolução, é certo dizer que todos concordam em identificar que o maior desafio é justamente tornar público aquilo que sempre esteve guardado a sete, dez ou mais chaves.

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A idéia de "meu", o conceito de propriedade e de segredos é inerente à natureza das pessoas. Muitas dessas encontraram um refúgio no início da internet, atrás de um suposto anonimato. Essa falsa sensação de "poder tudo, sem ninguém saber", infelizmente trouxe alguns conceitos negativos à rede, porque de repente, foi percebido que a tecnologia evoluiu e começou a fazer parte do nosso dia-a-dia, mas não existe uma organização legal (jurídica) clara sobre a internet ainda. Daí a liberdade de expressão e o direito à privacidade entram em choque, vídeos, fotos, arquivos de som, trabalhos de escola... A internet se tornou uma grande fornecedora de "tudo o que precisarmos, de graça!". A idéia de compartilhamento está muito longe disso.

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Diferente do que muitas pessoas pensam que a comunidade de código aberto não é formada por técnicos, desconhecidas e sem regras, mas sim por profissionais preocupados na verdadeira disseminação do conhecimento e que tomaram muitas precauções para que os participantes do grupo compreendam bem o propósito e quais são os termos de desenvolvimento das aplicações.

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A disponibilização de dados em ferramentas cada vez mais completas de integração, trouxe um novo leque de possibilidades para empresas, pessoas e governo. A tendência natural é que no futuro, quase todas as tarefas do cotidiano sejam realizadas através da internet ou ferramentas baseadas em sua tecnologia. As possibilidades são inúmeras e principalmente as agências de controle e regulamentação usufruem dessas ferramentas.


A internet, uma base de dados integrada e os localizadores de posição, trazem uma realidade totalmente nova aos motoristas, por exemplo. O Detran/SP já iniciou a aplicação dos "selos identificadores", pequenos dispositivos RFID que contém as informações sobre o veículo e através da triangulação de sinal, torna possível determinar a localização do veículo.

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Ferramentas semelhantes controlam o movimento de animais na pecuária, para acompanhamento de frotas de veículos de transporte de cargas, não apenas como prevenção ou ferramenta de segurança, mas como uma sofisticada ferramenta logística, permitindo o planejamento e elaboração de planos de produção muito mais eficientes. Mais do que um conjunto de informações, ferramentas de inteligência corporativa, importantes instrumentos de tomada de decisão.


Controles rígidos no fluxo de dados eletrônicos também têm o aspecto de segurança em alta. Assegurar a qualidade necessária para que a informação oriunda desses sistemas tenha as qualidades necessárias em seu papel de base para tomada de decisão: tempo certo, confiável e para a pessoa certa. Firewalls, senhas, logs, biometria... tudo para que tenhamos certeza da origem e destino das informações dos sistemas. Mas, quanto mais rígidos os controle, a privacidade vai dando lugar a um mapeamento completo de todas as ações executadas e muitas vezes, numa tentativa de "burlar" o sistema, as pessoas tomam atitudes irresponsáveis, deixar alguém navegar ou criar páginas com nossas senhas pode se tornar um grande problema.

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Os "cybercrimes" têm sido alvo de constante vigilância e monitoramento. Assegurar a integridade dos processos, muitas vezes, significa abrir mão da privacidade, e isso, nos tira da esfera tecnológica e nos transporta à esfera jurídica, legal, onde a preocupação em criar regras claras e adequadas se consolide num "meio termo", onde a segurança seja adequada e a privacidade tenha suas garantias. Conceitos precisam ser modificados, idéias precisam ser trabalhadas.


Juntemos ainda, o problema da navegação nas corporações, a utilização de emails corporativos, MSN, salas de chat ou o simples "surfe" pela rede. A liberdade entra em conflito com o objetivo corporativo. Falta ética? Ou simplesmente as regras não estão suficientemente claras? A verdade é que muitas vezes, sequer as empresas entendem bem essa relação. Se antes, nós tínhamos o jornal à disposição para leitura (em papel), porque é tão nocivo acessá-lo via eletrônica?

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O fato é que, cada vez mais intensamente, a tecnologia participa do nosso dia-a-dia, logo, será impossível roubar um carro, que terá segurança baseada em biometria. Excesso de velocidade, embriaguez ao volante, logo serão coisas do passado. Transmitiremos ao computador a tomada de decisão sobre muitas coisas, no entanto, é fundamental ressaltar que todas essas soluções foram criadas pelas pessoas. Nós ensinamos os computadores a nos ensinar.


Impedir que alguém de roubar seu carro, não impede que o veículo seja vandalizado... Biometria e senhas no notebook, não impedem a destruição da máquina, e não assegura que os dados retornem ao seu dono. Particularmente eu vejo um esforço enorme em "humanizar as máquinas". Estamos aos poucos nos esquecendo de nossa própria humanidade, se não conseguirmos ser pessoas melhores, nossos computadores refletirão isso. Um hacker ou um cracker não são tão diferentes de dois físicos nucleares. O conhecimento e as ferramentas disponíveis terão o efeito de quem as manipular.

Nossa privacidade e nossa segurança, serão assegurados por nossa humanidade.


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