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Circuitão gringo

21 abr 2005 às 11:00
Jack e Meg White no Brasil, em 2003: cena que vai se repetir em junho - Reprodução
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A turnê de oito datas do Placebo pelo Brasil, que chega nesta quinta-feira (dia 21) ao El Divino Club, em Florianópolis, dentro das seletivas do festival Claro Que É Rock, aparentemente é só aperitivo diante de um cardápio vasto de grandes shows gringos prometidos para até o final do ano. No início da semana, os White Stripes confirmaram em seu site oficial (www.whitestripes.com) que realizarão em Manaus (dia 1º de junho), Rio de Janeiro (3 de junho) e São Paulo (4 de junho) algumas das primeiras apresentações da turnê de seu quinto álbum, "Get Behind Me Satan", que chega às lojas dos Estados Unidos no dia 7 de junho.

É um sinal que provoca entusiasmo: uma das bandas mais festejadas do rock atual fará shows no Brasil na semana anterior ao lançamento de um álbum cercado de expectativa quase doentia. O fato de Jack e Meg White terem insistido para tocar em Manaus, somado à passagem do Placebo por cidades importantes, mas que não fazem parte do circuitão de apresentações internacionais no Brasil (Florianópolis, Campinas), indica que não só os shows gringos de rock devem se tornar mais freqüentes no Brasil, como também devem buscar alternativas ao eixo Rio-São Paulo.

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Caso tal fenômeno prove que é capaz de ir além de uma tendência passageira, será ajudado por uma agenda de festivais fortes de música pop, como há tempos o País não via. A Claro já confirmou que o Claro Que É Rock propriamente dito será realizado no Rio e em São Paulo entre 15 e 17 de setembro. Para atender às expectativas geradas pelo aquecimento de luxo com Placebo e concurso de bandas iniciantes, a operadora de telefonia celular terá obrigatoriamente que trazer gente importante.

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Ao mesmo tempo, desde a semana passada, tornaram-se mais intensos na internet e nos rincões indies os boatos sobre o Curitiba Pop Festival, que este ano terá a responsabilidade de oferecer atrações de nível parecido com o do histórico show dos Pixies na Pedreira Paulo Leminski, em maio do ano passado. Embora a organização do evento não confirme oficialmente, está quase certo que o festival será realizado no primeiro final de semana de setembro.

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A boataria dá conta de que os Flaming Lips já acertaram contrato para fechar a primeira noite do CPF. Após a recusa do New Order, a organização corre atrás de outra atração de peso – o Weezer, que lança o quinto álbum, "Make Believe", em maio (escorado por um primeiro single pavoroso, a ridícula "Beverly Hills"), é um dos nomes cotados.


O encerramento da agenda se dará provavelmente entre o final de outubro e o começo de novembro, com a terceira edição do Tim Festival. De acordo com as primeiras especulações, os hypados Kasabian e Franz Ferdinand, que está gravando o segundo álbum, estariam garantidos. É melhor começar a economizar.

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LANÇAMENTOS


New Order – "Waiting For The Sirens’ Call" (Warner)

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Em 2001, o New Order acertou ao lançar um álbum inédito, "Get Ready", que era uma aula sobre como uma banda veterana podia manter a relevância. "Waiting For The...", por sua vez, é refém da regra (quase) geral da inevitabilidade da apatia criativa após anos de estrada. Mesmo quando Bernard Sumner e Peter Hook seguem a fórmula dançante dos bons tempos, como em "Who’s Joe", tudo soa cansativo, repetitivo, burocrático, nada inspirado. Pecado que seria até perdoável, se a banda não tivesse cismado em gravar uma coisa chamada "I Told You So" – reggae de FM da pior qualidade. O fã-clube ilustre do New Order (Franz Ferdinand, The Killers, Radio 4) não merecia essa.
Para quem gosta de: The Killers, Morrissey, The Cure.


Hot Hot Heat – "Elevator" (Sire – importado)

Este simpático quarteto canadense é mais um que se perde no delicado rito de passagem de um selo independente para uma major. Nada em "Elevator" se aproxima do entusiasmo demonstrado no excelente segundo álbum da banda, "Make Up The Breakdown" (de 2002), lançado pela Sub Pop. A receita continua a mesma: tecladinho com timbres safados, batidas para animar pista e refrões sem medo de ser pop. Mas não há nenhuma composição no nível de "Bandages" ou de "Save Us S.O.S.", e, para piorar, os vocais de Steve Bays, que antes imitava Robert Smith, estão ainda mais irritantes. Uma decepção.
Para quem gosta de: Strokes, Fountains Of Wayne, Futureheads.


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