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Índice mais preciso

Aos 200 anos, cálculo do IMC pode ser substituído

Redação Bonde
18 mar 2011 às 08:55

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- Reprodução
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O Índice de Massa Corporal (IMC), usado para medir o grau de magreza ou obesidade de uma pessoa, tem quase 200 anos de idade e é impreciso, pois não leva em conta o sexo ou a massa muscular. Não deve ser aplicado em atletas, por exemplo, visto que o resultado seria 'distorcido' pelos musculos.Também não é adequado para menores de 18 anos. É obtido ao se dividir o peso da pessoa em quilos pelo quadrado de sua altura em metros. O velho índice foi criado em 1832 pelo matemático e astrônomo belga Lambert Adolphe Jacques Quetelet (1796-1874). O Índice de Quetelet foi rebatizado de IMC em 1972, e depois adotado pela Organização Mundial de Saúde como um método simples de medir a obesidade.

Agora, oito pesquisadores liderados por Richard Bergman, da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, criaram "Um Índice Melhor de Adiposidade do Corpo". Esse é o título do artigo científico em que descrevem o método, na revista médica "Obesity". O novo método chama-se Índice de Adiposidade Corporal (IAC) e usa uma equação e apenas duas medidas - a circunferência do quadril e a altura da pessoa - para chegar à porcentagem de gordura no corpo. A fórmula do IAC é: [Quadril/(altura x √altura)] – 18. É possivel saber se uma pessoa está acima ou abaixo do peso sem que a mesma suba em uma balança.

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Os pesquisadores formularam o índice a partir de um estudo feito com uma população hispânica dos Estados Unidos. Depois, eles confirmaram a exatidão da escala ao compará-la com outra pesquisa, feita com a população negra americana, em que foi utilizado um exame conhecido como desintometria (DXA), considerado o padrão ouro para a medida da obesidade. Essa comparação demonstrou resultados semelhantes, sugerindo que o novo índice poderia ser utilizado em grupos de diferentes etnias.

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A fórmula conseguiu prever com precisão a gordura corporal nos casos acima de 20%; nos casos de gordura de 25% a 30%, a precisão foi total, erro de 0% na estimativa. Apenas nos casos de adiposidade abaixo de 10% a equação não foi tão precisa, indicando um erro de 17,4% a mais de gordura.

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Para Marcio Mancini, presidente do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o novo índice poderá ser utilizado para complementar a avaliação do paciente obeso. "Um índice não substituirá o outro. Eles podem ser utilizados ao mesmo tempo. Atualmente, o IMC é utilizado para comparar populações, definir prescrição de medicações ou antes da realização de uma cirurgia bariátrica", diz.


"Após a realização de uma validação adicional, essa medida, que é facilmente obtida, poderá ser proposta como ideal para saber o percentual de gordura de uma pessoa", disseram os pesquisadores. "Antes disso, será preciso comprovar se ela prevê o percentual de gordura em crianças e se será capaz de prever o risco de doenças cardiovasculares", acrescentaram.


Já para Maria Edna Melo, responsável científica pelo site da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), o IAC aparece como uma medida promissora para substituir o IMC, por ser mais específica para quantificar a gordura corporal. No entanto, o cálculo não é tão simples e a medida do quadril é um pouco mais complexa que a simples pesagem do indivíduo.

De acordo com os autores do estudo, a fórmula ainda precisa de ajustes e deve ser testada em outros grupos étnicos. Eles acreditam que o método poderá ser utilizado em locais com acesso limitado à infraestrutura de saúde pública, sem uma balança, por exemplo.


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