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Pelo fim da violência

Brasil lança campanha "Maltrato Zero" contra mulheres

Redação Bonde
02 out 2009 às 11:54

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Violência contra a mulher é responsável por índices expressivos de falta ao trabalho e pelo crescimento da Aids entre a população feminina - Reprodução
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A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), com o apoio da a Secretaria Nacional da Juventude, lançaram nesta quinta-feira (1), a campanha de Sensibilização contra a Violência de Gênero nos países Ibero-americanos "Maltrato Zero".

É a primeira vez que os países Ibero-americanos participam de uma ação conjunta com uma única mensagem em prol da igualdade de gênero. Elaborada pela SEGIB e pela Organização Ibero-Americana da Juventude (OIJ), a iniciativa obedece a uma determinação da XVIII Conferência Ibero-americana de El Salvador, realizada em 2008.

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Para a ministra Nilcéa Freire, da SPM, a promoção da igualdade de gênero e o enfrentamento à violência "só será possível com a participação de toda a sociedade, inclusive dos jovens".

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Campanha

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A campanha tem por objetivo unir toda a sociedade ibero-americana, em especial a juventude, para se comprometerem contra a desigualdade e a violência de gênero através do movimento "Maltrato Zero". Dirigida a 21 países, a campanha pretende atingir uma população de 150 milhões de jovens. Ela conta com um site www.maltratozero.com que contém spots de rádio, filmetes de televisão, cartazes, informa, dados sobre violência doméstica, depoimentos, manifestos, entre outros. Todo o material foi feito em Português e em Espanhol.


Dados mundiais

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Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2005, revelam que a violência contra a mulher é responsável por índices expressivos de absenteísmo ao trabalho, pelo crescimento da Aids entre a população feminina e pelo baixo aproveitamento escolar de crianças que a presenciam. Quase metade das mulheres assassinadas são mortas pelo marido ou namorado, atual ou ex. Pelo menos umas em cada três mulheres apanham, são violentadas ou forçadas a manter relações sexuais em algum momento de sua vida.


No Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. É o que revela a pesquisa, de 2001, da Fundação Perseu Abramo. Dados da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 - mostram que, de janeiro a junho deste ano, registrou, de janeiro a junho deste ano, 161.774 atendimentos - um aumento de 32,36% em relação ao mesmo período de 2008, quando houve 122.222 atendimentos. Dos 17.231 relatos de violência, 93% são relacionados à violência doméstica e familiar, sendo que em 67% desse, os agressores são, na sua maioria, os próprios companheiros. Do total desses relatos, 9.283 foram de violência física; 5.734 violência psicológica; 1.446 violência moral; 256 de violência sexual; 54 de cárcere privado; 17 de tráfico de mulheres; e 60 outros.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres da Costa Rica, 67% das mulheres costarriquenhas com mais de 15 anos já sofreram violência física ou sexual em algum momento de suas vidas. Segundo o Conselho Nacional da Mulher (CONAMU) do Equador, de cada dez equatorianas seis foram vítimas de violência. O Instituto Nacional de Saúde Pública do México revela que 33% das mulheres mexicanas com mais de 15 anos já sofreram abuso e violência. Nos últimos sete anos, mais de 3.200 mulheres foram assassinadas, torturadas e mutiladas na Guatemala.


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