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Hábitos saudáveis

Estilo de vida pode influenciar na fertilidade da mulher

Redação Bonde
07 mar 2011 às 08:55

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Para garantir a saúde reprodutiva, médicos recomendam uma série de cuidados como não ingerir alimentos ricos em gorduras trans e cafeína em excesso - Reprodução
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Nas últimas décadas, a mulher vem assumindo posições de maior destaque na sociedade. Mesmo com duplas ou triplas jornadas, grande parte ainda busca o sonho de ser mãe. Porém, fatores como uma alimentação inadequada e a prática excessiva de exercícios físicos podem diminuir as chances de engravidar, e é preciso tomar certos cuidados.

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Campanha Escolha Saúde, iniciativa da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e do Instituto Minha Escolha, traz recomendações para proporcionar mais saúde às mulheres brasileiras.

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Reprodução Assistida (Ibrra), a obesidade aumenta em 30% as chances de infertilidade. Nesse grupo de pessoas, cerca de 12% delas só poderão ter filhos com a ajuda da medicina reprodutiva. "As causas da obesidade estão ligadas ao alto consumo energético, ou seja, às ‘escolhas’ saudáveis ou não do indivíduo. Dentre elas, estão o excesso de gorduras saturadas e trans, o consumo de muito sal e pouca atividade física", explica Carolina Godoy, nutricionista do Instituto Minha Escolha.

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É importante que a mulher observe seu ciclo menstrual para que saiba se seu peso está interferindo na obtenção de uma gravidez. Alterações às vezes pouco evidentes no ciclo devem ser avaliadas pelo médico e podem estar relacionadas ao peso. Segundo a endocrinologista da SBEM, Drª Ruth Clapauch, tanto a obesidade quanto a magreza demasiada podem comprometer a fertilidade. A obesidade pode estar ligada à ‘síndrome dos ovários policísticos’, distúrbio hormonal que altera a ovulação. "No caso da magreza excessiva, pode ocorrer uma baixa produção de estrógenos, os principais hormônios femininos, causando irregularidades na menstruação e na fertilidade" diz a doutora.

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A especialista também afirma que distúrbios alimentares como a anorexia nervosa, a compulsão e a bulimia podem comprometer a menstruação e aumentar os riscos de abortamento. Tal fato é mais comum em adolescentes e adultas jovens, que sofrem alterações hormonais frequentes.


Certos hábitos devem ser evitados para que a mulher garanta sua saúde reprodutiva, tais como: o consumo excessivo de álcool, cafeína e alimentos ricos em gordura trans. Além disso, o uso do cigarro prejudica a ovulação, a concepção, antecipa a menopausa, e dá mais propensão ao aborto espontâneo.

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A nutricionista da Equilibrium Consultoria, Lara Siqueira, explica que existem vitaminas que contribuem para a saúde do sistema reprodutivo e, consequentemente, para a fertilidade feminina. A família das vitaminas do complexo B é importante para um sistema reprodutor saudável e desempenha um papel essencial no desenvolvimento fetal. "É importante que a mulher, em fase de planejamento da gravidez, já inicie a suplementação com ácido fólico (B9) e mantenha ao longo do primeiro trimestre. Essa vitamina do complexo B previne más formações no tubo neural", recomenda.


Segundo Lara, é possível ainda que a mulher sofra de alguma carência nutricional, que deve ser avaliada por um especialista. Nesse caso, há a necessidade de compensar essa carência com determinados nutrientes. Mulheres vegetarianas, por exemplo, costumam apresentar deficiência de zinco, que é um mineral importante para a função reprodutiva e pode ser encontrado em vegetais de folhas verdes, feijão, brócolis, gema de ovo, carne vermelha e cereais.


Uma rotina de atividades físicas também é uma ótima aliada da mulher que deseja engravidar. Entretanto, exercícios físicos exagerados demandam muita energia do organismo, causando alterações na ovulação. Por isso, a quantidade e o tipo de exercício devem ser recomendados por um profissional da área, que vai avaliar cada indivíduo.

Para mais informações, visite o site da campanha: www.escolhasaude.org.br/.


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