As mulheres ocupam 36% dos cargos de chefia nas Melhores Empresas para Trabalhar do Brasil. É o que aponta estudo realizado pelo Great Place to Work.
As 100 Melhores Empresas para Trabalhar empregam juntas 403.587 funcionários, sendo que 174.902 (43%) são mulheres. Dentre elas, 19.586 estão em postos de chefia.
Esses dados dão uma ideia da ascensão feminina no ambiente corporativo do País. Em 1997, apenas 11% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres. Nos Estados Unidos, das 100 Melhores Empresas, apenas quatro têm mulheres na presidência.
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De acordo com o estudo, embora tenha tido um aumento da participação feminina no mercado de trabalho, as mulheres ainda ganham menos do que os homens, levam mais tempo para atingir cargos de liderança e dedicam mais tempo ao estudo, formação e aprimoramento profissional.
"No passado, as mulheres selecionadas para cargos de liderança, dadas as enormes dificuldades para ocupar espaço, deixavam de lado as características femininas, pois precisavam apresentar um comportamento idêntico ao dos pares masculinos", avalia o CEO (diretor-executivo) do Great Place to Work, Ruy Shiozawa.
Segundo o CEO, as empresas buscam incorporar no modelo de gestão características femininas como maior capacidade de delegar, facilidade no relacionamento interpessoal, talento para gerir equipes e poder de negociação. "A valorização dessas características por parte das empresas representa uma importante evolução", diz.
Ele acrescenta que, em tempos de crise econômica, as características do perfil feminino de gestão são mais valorizadas. "Não por acaso registramos o aumento das mulheres nas Melhores Empresas para Trabalhar, em 2009, tanto em cargo de chefia quanto na presidência", completa.
Confiança e satisfação
Em empresas presididas por mulheres, o índice de confiança dos funcionários é maior: 83%, contra 81% nas empresas lideradas pelos homens.
No entanto, as mulheres demonstram níveis de satisfação menor do que os homens. Em média, o índice de satisfação dos homens chega a 83%, enquanto o das mulheres atinge 76%. (Com informações do Infomoney)