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Em 10 anos

Nascimento de prematuros cresce 27% no Brasil

Redação Bonde
20 jan 2010 às 10:01

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Médicos alertam para cuidados com a vacinação destas crianças, por serem mais suscetíveis à doenças - Reprodução
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Um em cada dez dos mais de 130 milhões de nascimentos registrados no mundo, todos os anos, é prematuro, anunciou no início de janeiro de 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam o crescimento de 27% nos partos prematuros em dez anos. Em 1997, 153.333 partos até a 36ª semana (oito meses) de gestação foram feitos no País, o equivalente a 5,3% dos nascimentos. Em 2006, este número saltou para 194.789, o correspondente a 6,7% dos nascimentos.

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A gestação na adolescência, a gravidez tardia, a fertilização in vitro e a falta de exames na fase pré-natal estão entre os fatores que explicam o crescimento dos nascimentos prematuros. Por outro lado, os avanços da Medicina permitem a sobrevivência de 40 a 50% das crianças nascidas com peso entre 600 e 700 gramas e idade gestacional inferior a 24 semanas, que antes eram consideradas inviáveis.

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A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) possui um calendário de vacinação especial para prematuros, já que eles apresentam maior risco de desenvolver doenças respiratórias graves, devido à imaturidade do sistema imunológico, à baixa reserva energética, à comum ausência de aleitamento materno e ao pequeno calibre das vias aéreas. No caso de doenças como gripe e coqueluche, o calendário recomenda também a vacinação de pais e cuidadores. "São duas doenças respiratórias que afetam com gravidade o recém-nascido, principalmente se for prematuro", afirma o pediatra e neonatologista Renato Kfouri, da direção da SBIm. A imunização deve ser estendida aos profissionais de saúde para evitar surtos em berçários e UTIs.

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Coqueluche


A cada ano, ocorrem entre 20 a 40 milhões de casos de coqueluche no mundo, causando até 400 mil mortes, segundo estimativas da OMS. Ao contrário do sarampo e da varicela, a popular "tosse comprida" pode ocorrer mais de uma vez na vida. Mesmo quem já teve a doença ou foi vacinado tem imunidade reduzida com o passar dos anos. A partir da idade escolar, a coqueluche geralmente se manifesta de forma atípica, sem os sintomas clássicos - acessos prolongados de tosse, guinchos e falta de ar. O doente muitas vezes tem apenas tosse prolongada, que é confundida com doenças respiratórias mais leves.

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"Sem saber que estão com coqueluche, os familiares são os principais transmissores da doença no ambiente domiciliar. O impacto é maior sobre crianças pequenas, que ainda não completaram o esquema vacinal primário, como os menores de seis meses", diz Renato Kfouri. Em menores de dois anos, a coqueluche pode provocar várias complicações, sendo motivo frequente de internação por pneumonia e insuficiência respiratória aguda, podendo causar paradas respiratórias, capazes de deixar sequelas mentais e motoras por causa da falta de oxigenação do cérebro.


Vacina

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As vacinas contra coqueluche, tétano, difteria e poliomielite devem ser dadas em três doses nos primeiros dois, quatro e seis meses de vida do bebê. O primeiro reforço é indicado a partir de 15 meses. Para prolongar a imunidade contra coqueluche, tétano, difteria e poliomielite, o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a SBim recomendam o segundo reforço entre os 4 e 6 anos.


"Infelizmente, alguns estudos apontam que a cobertura vacinal nas crianças em idade pré-escolar é menor do que nos primeiros anos de vida, mesmo entre as famílias de alta renda", afirma Lucia Bricks, doutora em Medicina pela USP e diretora médica da Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da Sanofi-Aventis.
A Sanofi Pasteur disponibiliza no Brasil a única vacina combinada capaz de oferecer, com uma só dose, o segundo reforço adequado contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite para crianças de cinco a 13 anos. É a vacina conhecida internacionalmente como Tetraxim. Desenvolvida com tecnologia de ponta, a vacina já vem pronta para uso – 100% líquida na seringa, facilitando a administração. Por proteger contra mais de uma doença, simplifica o esquema de imunização e estimula os pais a seguirem o calendário vacinal.
Graças a uma sofisticada técnica de purificação, o componente contra coqueluche de sua formulação é acelular: tem apenas os fragmentos da Bordetella pertussis, que estimulam a produção de anticorpos. Alguns elementos geradores das reações adversas são descartados.


"Como a vacina utilizada na rede pública é composta por células inteiras e só pode ser administrada em crianças com menos de 7 anos, esta vacina é uma excelente opção para se evitar a coqueluche em escolares, que não receberam a dose de reforço na data apropriada", declara Lucia Bricks.

Por ser formulada com vírus inativados (mortos) da poliomielite, ela também induz altos títulos de anticorpos contra os três vírus da doença, possivelmente propiciando proteção mais prolongada em comparação com a vacina oral.
A pediatra Lucia Bricks esclarece que, assim como ocorre com outras vacinas, há uma queda dos títulos de anticorpos contra o poliovírus com o passar do tempo. Por isso, as crianças com o esquema incompleto de vacinação ficam vulneráveis à doença. "Enquanto a poliomielite não for erradicada no mundo, as pessoas suscetíveis correm o risco de contrair a doença, mesmo na idade adulta", diz a médica.


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