A partir desta quarta-feira (1) é obrigatório o uso de cadeirinhas para o transporte de crianças de até 7,5 anos em todo o Brasil. A iniciativa visa a proteção e diminuição dos acidentes com crianças no trânsito. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a cada ano ocorrem 2.500 mortes de crianças e adolescentes e são registradas ao menos 39 mil casos de lesões com amputações e paralisias permanentes em decorrência de acidentes de trânsito.
Para alertar os pais sobre o uso correto dos dispositivos de segurança -cadeirinha, bebê conforto ou booster - nos veículos, a SBOT lançou a campanha "Criança Protegida no Carro". Na manhã desta quarta, no vão livre do MASP, em São Paulo, haverá distribuição de folhetos e a exposição de um carro acidentado, com a seguinte faixa: "A criança que estava sendo transportada neste veículo não usava uma cadeira de segurança..."
No Santana Parque Shopping, também em São Paulo, ortopedistas participarão do Fórum de Discussão sobre o tema e conversarão com a população para orientar sobre os riscos da criança ficar solta no carro. A SBOT vai disponibilizar ainda em seu Portal (www.sbot.org.br) e sites de relacionamento (www.youtube.com/user/sbotbr) um vídeo mostrando a correta forma de instalação das cadeiras e o posicionamento das crianças.
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Segundo Miguel Akkari, do Comitê de Ortopedia Pediátrica da SBOT, "se uma criança estiver devidamente protegida pela cadeirinha e pelo cinto de segurança, espera-se que diminua em 70% o risco de morte num acidente de trânsito". Dentre as instruções, a SBOT ressalta para o uso adequado da cadeirinha não só em relação à idade, mas também em função da altura e estatura (cuidado mais ressaltado pelos médicos). De acordo com eles, crianças abaixo de 1,45m deverão utilizar dispositivos de proteção promovendo um correto posicionamento do cinto de segurança, o qual não pode localizar-se à altura do pescoço.
O presidente da SBOT, Cláudio Santili, lembra que a maioria das mortes de crianças em desastres de trânsito são causadas por traumatismo craniano. "Se não está presa no banco, a criança é atirada para frente, pode bater a cabeça no banco, no parabrisas ou lançada fora do carro", explica. Os médicos contam que estudos mostraram que quando a criança é levada no colo, o que muitas mães acham uma forma segura de transportá-la, o risco de morte não muda, pois "a energia numa batida de carro a 50 km/h é tão grande, que mesmo um homem musculoso não consegue manter a criança nos braços", alerta Santili.
No encontro, que acontece nesta manhã em São Paulo, serão distribuídos panfletos alertando e especificando aos pais sobre os possíveis riscos que se corre ao não cumprir com os alertas estabelecidos.
Serviço:
Ação: Exposição de carro acidentado
Local: vão livre do MASP
Data: 1 de setembro
Horário: das 9h às 15h
Ação: Fórum de Discussão Criança Protegida no Carro
Local: Santana Parque Shopping – 4º andar – Sala de Treinamentos e Palestras
Endereço: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2.780 – Santana
Data: 1 de setembro
Horário: 15h