A subsecretária de Enfrentamento à Violência da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves, disse em entrevista à Agência Brasil que estupros e violência sexual ainda fazem parte da realidade brasileira – de norte a sul do País. Segundo ela, é fundamental que as vítimas sigam uma espécie de guia de emergência em caso de agressão. "É uma realidade dura e cruel, infelizmente", disse.
Por esse guia, a vítima deve prestar queixa em uma delegacia ou procurar o serviço médico mais próximo. O ideal, segundo a subsecretária, é que seja feito um laudo médico da paciente. Para ela, é fundamental prescrever exames contra doenças sexualmente transmissíveis e aids, além da pílula do dia seguinte, para evitar a gravidez indesejada.
Aparecida Gonçalves lembrou que é essencial prestar queixa contra o agressor para evitar a impunidade. De acordo com ela, a vítima deve ter um acompanhamento psicológico porque há um "trauma muito grande" causado pela agressão sexual.
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Segundo dados do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas para a América Latina, 33% das mulheres entre 16 e 49 anos de idade sofrem algum tipo de abuso sexual. Para a ONU, a violência contra a mulher pode ocorrer de várias formas, como agressão física, ameaça, insultos, danos a bens pessoais e a forma considerada mais grave, o estupro.