Atualmente, o laser é considerado o principal método de tratamento contra marcas de expressão, rugas, manchas e cicatrizes. Sua eficiência se dá pela capacidade de ativação da produção de colágeno, proteína que dá sustentação à pele. Assim, ele consegue devolver à ela o viço e o tônus que vão desaparecendo com o passar do tempo.
Segundo a dermatologista Valéria Campos, vice-presidente do Departamento de Laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia e responsável pelo Ambulatório de Cosmiatria e Laser da Faculdade de Medicina de Jundiaí, os tratamentos de rejuvenescimento com laser evoluíram muito nas últimas duas décadas. Há uma grande variedade de técnicas, desde os lasers mais agressivos, como o CO², passando pelos não ablativos, até chegar aos fracionados. A diferença está na segurança, nos resultados e na duração do tratamento. "Há vantagens e desvantagens. Muitas vezes, com um laser mais agressivo, não fracionado, a pessoa percebe que as rugas, até as mais profundas, já diminuíram bem depois da primeira sessão", explica ela.
Os primeiros aparelhos de laser, utilizados para o rejuvenescimento da pele foram o laser de CO² e o erbium, que são chamados de ablativos porque removem a epiderme e atingem a derme (a camada mais profunda da pele). "Os resultados eram espetaculares, mas apresentavam algumas desvantagens, como o tempo de recuperação prolongado e o alto risco de efeitos colaterais, como cicatrizes permanentes", pondera a médica. Para reduzir esses problemas, surgiram os lasers fracionados não ablativos, que utilizam um novo conceito, denominado fototermólise fracionada. "Nele são criados milhares de microscópicos traumas, muito próximos entre si, que se apresentam como uma leve vermelhidão e assim realizam uma renovação da pele, tanto superficial quanto profunda", explica Valéria. Segundo ela, este procedimento promove a formação de um novo colágeno, que modifica a coloração , a tonacidade e a textura da pele.
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Já quem possui rugas finas a moderadas e outros sinais de fotoenvelhecimento cutâneo, pode obter bons resultados com os lasers fracionados não ablativos. A doutora explica que esta técnica pode ser eficiente também para quem tem cicatrizes de acne ou cirúrgicas. "Há relatos de eficácia inclusive contra melasmas (manchas escuras na face) e o tempo de recuperação é rápido", declara a especialista. Nestes casos, os resultados costumam ser inferiores aos tratamentos ablativos, por isso há uma terceira opção de tratamento, que é o laser ablativo não fracionado. "Ele é mais eficaz que o não ablativo, e quando preciso de respostas mais rápidas, eu uso os dois tipos de laser numa mesma sessão", destaca Valéria Campos.
Além dos ótimos resultados contra o envelhecimento da pele, os lasers também são eficientes na diminuição de pelos, varizes, celulite e estrias, além de ser a técnica mais indicada para a remoção de tatuagens. Porém a dermatologista alerta: a eficiência do tratamento vai depender do tamanho e local do desenho, além do tempo em que está na pele. "Tatuagens de cor preta podem ser completamente removidas, mas as coloridas dão mais trabalho. Quem inicia o tratamento tem que saber que as sessões podem ser muitas", conclui a profissional.