Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a calvície (alopécia androgênica) não é um problema somente dos homens. A inimiga da vaidade também compromete muitas cabeças femininas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar, 25% das mulheres brasileiras entre 35 e 40 anos e 50% das que já possuem idade acima dos 40 anos sofrem algum grau de calvície.
Difusa e sem entradas, a Alopecia Androgênica feminina diferencia-se da masculina nestes aspectos. Nas mulheres, não são ressaltadas áreas completamente calvas, os fios de cabelo da parte superior da cabeça ficam finos e não crescem como antes. "A diferença no modo de acometer homens e mulheres chama a atenção. Justamente por não ser notada como a calvície masculina, muitas mulheres não buscam tratamento antes do estágio avançado", explica a dermatologista e cirurgiã Maria Angélica Muricy Sanseverino.
De grande importância na estética da mulher por possibilitar inúmeras transformações no visual, os cabelos estão diretamente ligados à autoestima. A perda dos fios pode representar um sofrimento. A dermatologista Maria Angélica destaca que a calvície começa a se manifestar por volta dos 30 anos e tem o seu pico após a menopausa. E, em 20% dos casos é fator genético, patologia herdada de um familiar do sexo feminino.
Leia mais:
Gkay abre o jogo sobre procedimentos estéticos
Tranças africanas devem ser lavadas pelo menos uma vez na semana; veja outros cuidados
SPFW dá adeus ao sutiã, tem mamilos à mostra e saia para homens como tendências
Beyoncé usa conjunto de top e saia de marca brasileira em casamento de ex-assistente pessoal
A calvície da mulher caracteriza-se por uma rarefação dos fios capilares, principalmente no alto da cabeça. Os cabelos vão diminuindo em força, de maneira lenta e progressiva. A enzima 5 alpha redutase tipo 2 transforma o hormônio masculino (testosterona), que toda mulher tem, em dihidrotestosterona (DHT), substância responsável pela rarefação dos fios.
"O primeiro sinal da alopécia androgênica é o afinamento do cabelo. Depois, uma rarefação acentuada cria-se uma espécie de transparência, permitindo que se veja o couro cabeludo. E, por fim, os fios ficam finíssimos, frágeis e quebradiços. Nesse estágio a calvície já está instalada", destaca a dermatologista.
Tratamento pode estabilizar o problema
Hoje, os tratamentos preventivos conseguem reverter ou estabilizar a patologia com eficiência. A FDA (agência norte-americana de controle dos produtos farmacêuticos) reconhece três tratamentos: o Minoxidil (loção – Shampoo), Finasteride (remédio de uso oral) e, mais recentemente, o laser de baixa voltagem.
O minoxidil é um medicamento (uma loção) que, ao ser aplicado no couro cabeludo, age nos folículos piloso "vivo" retardando o seu processo de miniaturização e prolongando a fase de crescimento. Seu agente ativo é o sulfato de minoxidil. A Finasteride é uma medicação por via oral que inibe a formação de DHT, o agente causador da miniaturização. Já o laser de baixa voltagem age através da fotobioestimulação, a luz penetra no local aplicado, atinge as células e estimula seu metabolismo.
Como a evolução da calvície é lenta, iniciada após da puberdade, quando os hormônios sexuais começam a ser produzidos, boa parte das mulheres nem se dá conta de quando seus cabelos começaram a enfraquecer. E, com estágio avançado, só o transplante capilar pode resolver.
"Notar que alguns fios de cabelo ficaram na escova ao se pentear, no ralo do banheiro após o banho ou mesmo no lençol da cama onde dormiu é normal para todo mundo. Mas, se o volume encontrado estiver aumentando com o tempo, é bom se prevenir, pois algo de errado pode estar acontecendo", finaliza a dermatologista.