De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - SBCP, dos 629 mil procedimentos cirúrgicos estéticos realizados no Brasil entre setembro de 2007 e agosto de 2008, 8% foram feitos em adolescentes. Por falta de dados anteriores, não se sabe com era o panorama passado. Segundo os cirurgiões Ana Helena Teixeira Patrus e Leonard Bannet, responsáveis da Clínica Santé, as cirurgias estão acontecendo cada vez mais cedo.
A maioria das garotas quer aumentar os seios ou fazer uma lipoaspiração. Já os garotos queixam-se das orelhas de "abano", pois acreditam que podem ser motivos de chacotas na escola. "Antes de fazer qualquer procedimento é preciso ter o bom senso de perguntar o porquê da cirurgia", explica Patrus.
Como não existe uma idade mínina para que o adolescente passe por uma cirurgia estética, mas deve-se tomar cuidado com as mudanças corporais e hormonais desta fase. Com a força da gravidade, as próteses de silicone, por exemplo, faz com que o tecido mamário se rompa formando estrias que futuramente podem levar a flacidez.
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Diante de tanta ansiedade e insistência das meninas, os pais acabam concordando com a cirurgia e, muitas vezes, dão como presente de aniversário de 15 anos ou formatura. Já os meninos pensam, planejam, decidem e, às vezes, desistem.
Toda a cirurgia estética tem riscos, por outro lado, traz vantagens: a pessoa se sente mais bonita, confortável e até mais confiante. De acordo com os médicos da Clínica Santé, os padrões estéticos no Brasil estão muito próximos do padrão americano. Há 20 anos as próteses de silicone eram de 150ml a 180ml, hoje isso é considerado muito pequeno. Atualmente usa-se prótese de 260ml, 300ml e 350ml, e as pacientes adoram.
Por isso, é preciso avaliar bem a estrutura corporal da adolescente, pois além de riscos à saúde, a cirurgia também traz cicatriz. É fundamental saber se a intervenção trará benefícios a longo prazo.