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Estudos sobre a acne apontam novas formas de tratamento

Redação Bonde
28 jul 2011 às 09:32

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A acne é uma doença crônica que afeta cerca de 85% dos adolescentes em todo o mundo e pode também persistir na vida adulta. Com grande impacto na qualidade de vida e autoestima, a doença pode atingir diferentes graus e é o motivo mais frequente das consultas dermatológicas. Os avanços no tratamento desse problema foram discutidos no 2º Acne Day, evento promovido pela Galderma neste mês, em São Paulo (SP), e apresentou os principais aspectos da acne sob o ponto de vista de diferentes especialidades médicas.


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Brigitte Dréno, pesquisadora do Hospital da Universidade de Nantes, na França, apresentou descobertas recentes em relação aos aspectos fisiopatológicos da acne, que permitem avaliar melhor as características da doença em cada caso e a eficácia de tratamentos. Ela destacou a importância de achados que demonstram novas implicações da bactéria P. Acnes (Propionibacterium acnes), a qual se creditava apenas a inflamação das paredes da célula.

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De acordo com a pesquisadora, a bactéria também está ligada à formação do comedão, espécie de tampão que impede a passagem do sebo. "Descobrimos que o P. Acnes é crucial na formação do comedo e também induz os fatores de imunidade inata da pele, o que contribui para a reação auto-inflamatória", explicou a especialista.

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Na área de tratamentos foi apresentado um estudo que demonstrou o efeito sinérgico, ou seja, potencializado, da combinação de duas substâncias em um único medicamento tópico. Antes utilizadas de forma separada, as substâncias adapaleno e peróxido de benzoíla, agora combinadas, apresentaram benefícios maiores do que a soma dos efeitos de cada substância isolada. Segundo a dermatologista, os estudos clínicos e testes in vitro comprovaram que a ação do tratamento combinado é superior em três dos quatro fatores ligados ao desenvolvimento da acne.


A eficácia da combinação também foi comprovada por um estudo brasileiro, apresentado pelo Dr. Alexandre Sittart, professor do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. O estudo, realizado por 12 semanas, demonstrou redução nas lesões inflamatórias com melhora global de 87,6%. - entre os pacientes, 98,69% tiveram pouco ou nenhum incômodo.

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Alexandre Sittart, professor do Hospital do Servidor Público de São Paulo, realizou um estudo de 12 semanas onde demonstrou redução nas lesões inflamatórias com melhora global de 87,6%. O tratamento teve boa tolerabilidade, apresentando efeitos colaterais leves apenas na primeira e segunda semana.


Quando combinado com adapaleno (0,1%) e peróxido de benzoíla (2,5%), o tratamento foi considerado melhor que os utilizados anteriormente por 94,2% dos pacientes e 95% afirmaram que o usariam novamente se fosse necessário. O estudo brasileiro apresentou resultados compatíveis com os já realizados em vários outros países.

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Acne na mulher adulta


Aspectos da avaliação clínica e hormonal da acne na mulher adulta foram apresentados por Ivonise Follador, professora da Universidade Federal da Bahia. Segundo a dermatologista, principalmente em casos de irregularidades no ciclo menstrual, é fundamental avaliar os níveis hormonais.

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Além disso, é importante que seja avaliada a história clínica pessoal e familiar, o uso de medicamentos, tipo de padrão da acne, sinais de hiperandrogenismo (excesso de hormônios andrógenos), obesidade e hiperglicemia. A especialista destacou o papel do dermatologista como clínico, pois as características da pele podem estar relacionadas à existência de outras doenças.


Os tratamentos do tipo hormonal foram detalhados pelo ginecologista e obstetra Dr. Benedito Fabiano dos Reis, professor da Universidade do Vale do Sapucaí. Segundo o médico, a terapia hormonal tem eficácia comprovada, mas é preciso pensar a dosagem de acordo com o custo benefício.

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"Se o hormônio provocar muitos efeitos colaterais, o melhor é utilizar uma quantidade menor, mesmo se o resultado for um pouco inferior. E é fundamental ressaltar que o tratamento hormonal não deve ser o primeiro a ser empregado, pois existem outras opções terapêuticas bastante eficientes, que devem ser testadas antes, principalmente porque a terapia hormonal é um tratamento a longo prazo", destacou.


Antibióticos no tratamento da acne e o risco de resistência bacteriana

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O uso de antibióticos no tratamento da acne foi debatido pelo professor Luiz Maurício Almeida, da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais/Santa Casa de BH. Segundo o médico, a indicação de antibióticos tópicos tende a diminuir, devido à crescente resistência bacteriana.


Ele ressaltou a importância das novas opções terapêuticas, como o peróxido de benzoíla, um antimicrobiano de eficácia comprovada que não apresenta riscos de resistência bacteriana. "Também é possível utilizar um medicamento complementar, um retinoide que atue na lesão base da acne, dissolva os comedões, evite que novos tampões se formem e que tenha ainda ação anti-inflamtória", explicou.


A resistência bacteriana foi abordada pelo dermatologista e infectologista da Unicamp, Paulo Velho. Segundo o médico, é essencial que os dermatologistas estejam atentos aos riscos de resistência bacteriana. "Ela é inevitável porque a bactéria sempre tenta sobreviver com os recursos que lhe restam e quando consegue, o antibiótico não faz mais efeito. O tratamento da acne com antibiótico tópico seleciona o P. acnes e também outras bactérias que colonizam a pele e afetam outras partes do organismo, o que pode acarretar infecções mais graves", afirmou.


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O dermatologista alertou para o fato de que a resistência bacteriana também pode ser adquirida pelo contato entre as pessoas. "Em um estudo multicêntrico europeu que avaliou dermatologistas, 50% estavam colonizados pelo P. acnes resistente. É uma questão de política e é preciso pensar nas gerações futuras. Os dermatologistas devem estudar como vão conduzir o tratamento da acne sem prejudicar a saúde pública", disse.


Mitos e verdades sobre acne


Alguns mitos que envolvem a acne foram lembrados pelo dermatologista Adilson Costa. "Por ser uma doença muito comum, a acne tem muitos mitos ao seu redor, mas há poucos artigos científicos que os explicam", afirmou. Ele apresentou estudos que descartam a relação entre acne e obesidade e entre lavagem do rosto várias vezes ao dia e melhora da doença, entre outros.


Quanto à alimentação, segundo o especialista, é possível afirmar que dietas com alto índice glicêmico levam a hiperinsulinemia e à hiperandrogenia, que pioram o quadro de acne. De certa forma, a crença de que o chocolate dá espinha pode fazer sentido se houver excessos, já que o consumo de alimentos com muito açúcar leva a picos de insulina, que estimulam a glândula sebácea. Mas ainda assim, de acordo com o médico, não há dados suficientes para relacionar a presença da acne ao consumo de algum alimento específico.


Ainda com relação aos alimentos, o dermatologista afirmou que legumes, frutas e peixes podem proteger as glândulas, pois são ricos em ácidos graxos e têm baixo índice glicêmico. "Os países asiáticos tinham menos acne quando não tinham fast food, pois uma dieta puramente oriental tem efeito protetor na célula", destacou.


Sobre fatores comportamentais, o médico afirmou que, conforme muitas pessoas acreditam, o estresse tem efeito negativo sobre a acne. Segundo Adilson Costa, em situações de estresse, ocorre a liberação de hormônios que pioram o quadro da doença.


Serviço:

www.galderma.com.br


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