O Brasil é um dos países que lidera o ranking de cirurgias estéticas, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Apesar da popularidade de alguns procedimentos, muitos ainda estão rodeados de mitos que já foram derrubados pela ciência.
A seguir, o cirurgião plástico Hugo Sabath, esclarece alguns mitos e verdades sobre a cirurgia plástica:
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O inverno é a melhor época para realizar uma cirurgia plástica.
Mito. “A cirurgia plástica pode ser realizada em qualquer época do ano. A recuperação e a cicatrização não são prejudicadas se a cirurgia for realizada no verão ou em outra estação. O que pode ser desconfortável é o uso da cinta modeladora nos casos de lipoaspirações, em um período de calor”, explica o cirurgião Hugo Sabath.
É preciso evitar exposição solar após qualquer cirurgia plástica.
Verdade. A exposição solar no pós-operatório precoce pode levar a manchas no corpo ou no rosto que podem permanecer durante meses. Mesmo após o desaparecimento das equimoses (manchas roxas), a exposição solar aumenta o inchaço do rosto, nariz e do corpo, podendo causar desconfortos e prolongar o tempo de recuperação.
A celulite some com a lipoaspiração.
Mito. Pode inclusive haver uma piora, principalmente se existir flacidez de pele associada à celulite.
Fumantes correm riscos de necrose.
Verdade. Na cirurgia alguns vasos sempre são lesados e os restantes devem estar em perfeita ordem para manter a vascularização da pele. Como a nicotina diminui o calibre dos vasos sanguíneos, os fumantes têm um risco muito maior de problemas de cicatrização e morte de tecido (necrose). “Se a célula não recebe sangue, morre", afirma o médico.
Quem vai se submeter a uma cirurgia plástica não deve fumar.
Verdade. O tabagismo interfere na microcirculação de uma maneira muito intensa. Como em muitas cirurgias plásticas existe uma necessidade de descolamento da pele, a chance de ocorrer eventos isquêmicos (necrose) é muito maior nos pacientes tabagistas. Interromper o fumo antes de uma cirurgia plástica proporcionará segurança, saúde e um resultado estético mais agradável e previsível.
A prótese mamária deve ser trocada a cada 10 anos;
Mito. Segundo o cirurgião da Clícica Sabath, as próteses utilizadas atualmente são mais resistentes. Exames de imagem realizados para o acompanhamento da glândula mamária e controle de câncer de mama, podem ser usados para a avaliação da integridade e contorno dos implantes. Os melhores são: a ressonância magnética e o ultrassom. Enquanto o implante estiver sem alterações não há necessidade de troca.
Depois da lipoaspiração, o volume na região aspirada não volta.
Verdade. Uma vez retiradas, as células adiposas (de gordura) não se formam novamente, mas outras células sempre estão presentes na região. Estas células podem aumentar de tamanho se houver um ganho excessivo de peso. “Por isso, aconselha-se que a lipoaspiração seja para tratamento apenas de gorduras localizadas. Uma vez tratado este depósito, o resultado é definitivo, ou seja, um culote aspirado não volta mais. Mesmo com um aumento de peso, o contorno corporal não volta ao que era antes da lipo.” esclarece Sabath.
Com a musculação, se melhora a flacidez da pele.
Mito. A musculação corrige a flacidez muscular e não tem ação sobre a pele. A flacidez muitas vezes está relacionada a idade, hereditariedade, tipo físico, tabagismo (fumo) e presença de estrias. É claro que toda flacidez deve ser combatida desde os planos mais profundos (muscular) até os mais superficiais (pele) com exercícios físicos, uma alimentação saudável, hidratação, utilização produtos e tratamentos estéticos.
A lipoaspiração é uma cirurgia mais perigosa que as outras plásticas.
Mito. A lipoaspiração é um procedimento bastante seguro, com baixas taxas de complicações, quando comparados a outros procedimentos (mama, abdome). “Para isso, é importante que seja realizada por um profissional bem treinado e experiente, em um hospital ou clínica que disponha do suporte adequado. O conhecimento da anatomia e de todas as camadas e estruturas superficiais e profundas do cirurgião plástico qualificado, permite que a cirurgia seja realizada com a máxima segurança, sempre respeitando os limites de volume a ser lipoaspirado e também a área corporal abordada”, alerta o cirurgião.
A hidrolipo pode ser feita com anestesia local, é menos arriscada.
Mito. “Até mesmo procedimentos com anestesia local podem ser arriscados se não forem respeitados os limites de anestésico injetado”, finaliza o cirurgião plástico Hugo Sabath.