O papa Francisco aceitou nesta terça-feira (13) a renúncia de um bispo dos Estados Unidos acusado de encobrir um caso de abuso.
Michael Hoeppner, chefe da diocese de Crookston, em Minnesota, é o primeiro bispo processado individualmente por coerção nos EUA. Ele é acusado de ter pressionado um candidato ao diaconato a se calar a respeito de uma denúncia anterior contra um sacerdote por violência.
"O Santo Padre aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Crookston, apresentada pelo monsenhor Michael J. Hoeppner, e nomeou o monsenhor Richard Edmund Pates, bispo emérito de Des Moines, como administrador apostólico da mesma diocese", diz o comunicado do Vaticano, que não cita a acusação.
Leia mais:
Brasil mantém tendência de aumento de cobertura vacinal infantil, diz ministério
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Mais de 130 mil cartas do Papai Noel dos Correios estão disponíveis para adoção
Na Igreja Católica, é praxe que sacerdotes envolvidos em escândalos entreguem seus cargos ao Papa para deixá-lo livre para afastá-los ou não.
O alvo se chama Ron Vasek, que pretendia se tornar diácono para apoiar seu filho, um padre católico. No entanto, Vasek alega que Hoeppner ameaçou colocar obstáculos ao seu trabalho e ao do filho caso ele não se retratasse de uma acusação contra o padre Roger Grundhaus por abuso.
"Eu me senti como se tivesse sendo abusado de novo", declarou Vasek em maio de 2017, segundo o Star Tribune, principal jornal de Minnesota. Hoeppner, que alega inocência, também é investigado pela Arquidiocese de Saint Paul e Minneapolis, já que um decreto do papa Francisco instituído em 2019 tornou obrigatória a denúncia de supostos abusos por parte do clero.